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Albino é agora o novo presidente da APMPB

Albino Pinheiro, 49 anos, advogado, pesquisador de cultura popular, animador de inúmeros eventos culturais - especialmente ligados ao Carnaval - é o novo presidente da Associação de Pesquisadores da MPB. Sucedendo a Zuza Homem de Mello, 52 anos, jornalista e radialista ("O Estado de São Paulo", "Joven Pam"), Albinho dará uma nova dimensão à APMPB, agora com novos estudos e uma diretoria executiva formada por cinco pesquisadores de uma mesma cidade - no caso, o Rio de Janeiro. Paulo Tapajós (vice), Marília T. Barbosa da Silva (secretária-geral), Arthur de Oliveira Filho (tesoureiro) e Ilmar de Carvalho (diretor de imprensa e relações públicas). No conselho fiscal, J. C. Botezelli (Pelão), (São Paulo), José Octávio Guizzo (Mato Grosso do Sul), Edson Otto (Rio Grande do Sul), Grácio Barbalho (Rio Grande do Norte), Leonardo Dantas (Pernambuco) e Carlos Felipe (Minas Gerais). Nascida em Curitiba, no encerramento do I Encontro dos Pesquisadores da MPB, a Associação, nestes 11 anos de existência, já conseguiu algumas vitórias expressivas, entre as quais a conclusão e edição da discografia brasileira, estimulou a publicação de dezenas de livros e discos ligados à MPB e, especialmente, a aglutinação de todos os que se interessam e se preocupam, de uma forma ou outra, pela preservação da memória da MPB. Agora, calcada na "Carta dos Pesquisadores", aprovada ao encerramento do Encontro, a Associação vai desenvolver esforços para novas conquistas, entre as quais o cadastramento de acervos particulares de interesse para a memória da PMB, com possível aquisição por parte do Poder Público, inclusive em vida dos detentores, com cláusula de usufruto. Outro ponto importante da Carta dos Pesquisadores é a luta pela ampliação dos espaços dedicados à divulgação de música brasileira nas programações de emissoras de rádio e televisão, com ênfase especial para a música característica da região onde estiver situada a emissora. Ou seja, fazer com que as rádios de cada Estado divulguem os compositores regionais - objeto de nosso comentário publicado na edição da última quinta-feira, 7 de março. xxx Os pesquisadores da MPB - que são oriundos de diferentes Estados e formações, mas todos identificados por um amor à cultura popular - se mantêm unidos, num trabalho antes de tudo nacionalista e idealista, voltado à necessidade de maior atenção e valorização, por parte dos Poderes Públicos, das diversas formas musicais e regionais que caracterizam o fazer cultural do Brasil, em face da progressiva massificação de padrões culturais importados, impostos através dos meios de comunicação - item um do documento que resultou do encontro encerrado sábado, 8, na sede da Funarte, no Rio de Janeiro.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
17
11/03/1986

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