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Aramis

Apresentamos: Shirley Bassey

A grande admiração que qualquer pessoa de bom gosto sente por Barbra [Streissand] - a melhor cantora branca aparecida nos anos 60 - faz com que não se arrisque comparações [à] intérprete de "Funny Girl" e "Hellô Dolly" (o lp com a trilha sonora do filme, edição CBS, está nas lojas). Mas agora, parece que aparece uma nova cantora que pode ser comparada [à] Barbra: senhores e senhoras estamos falando de miss Shirley Bassey, uma vocalista colored que possui um do stimbres de vozes mais notáveis que já ouvimos e que aparece com um magnífico lp editado pela United Artist Record/Copacabana, incluído no suplemento de janeiro da etiqueta dos irmãos Vitalle. O texto de contra capa de "Ladies and Gentemen... Miss Shirley Bassey" diz bem de sua arte: "Pelo que parecer ser apenas um momento no tempo e no [espaço] ela dá tudo de si e que será sempre/murmurando ... esbanjando classe... categoria ... de um climax emocional e descendo ao abismo da dádiva recusada de si mesmo/ lutando contra a negação dos seus próprios têrmos/mulher e criança coexistindo muitos anos-luz acima das luzes que a iluminam/esta noite ... todas as noites". Sua voz é clara, sua dicção é profunda. Há musicalidade extraordinária nas palavras que pronuncia e nêste álbum - UAM 20053 - ela estréia (pelo menos no Brasil) com o pé direito, interpretando músicas dos melhores compositores: "Does Anybody Miss Me?" de Les Reed/ H. Worth, "I'II Never Fall In Love Again" de David Bacharach, do musical "Promisses, Promisses", "Never, Never No" de Buskin, "Picture Puzzle" de H. Hackady e L Grossman, "I Only Miss Him" de C. Hall, "My Way Of Live" de Sigman/Kaempfert/Rehbein, "Give Me You"de Hackady e Grossman, "It's Always 4 A.M." de S. Cahn/R. Anthony, e "Hold Me Thrill Me, Kiss Me" de Hoble. Destaque especial a melhor faixa do disco - "We", de Rod McKuen (autor da trilha sonora de "Joana" de Michel Sarne, a melhor de 1969) e Henry Mancini, tema do filme "Me, Natalie" de Stanley Shairo e que aparece neste janeiro como candidata forte a uma das melhores músicas de 70. Arranjos magníficos de Artie Butler valorizam ainda mais esta estréia de Shirley Bassey no Brasil. Um disco magnífico, que será muito importante no futuro. Afinal nada impede que mis Bassey consiga nesta década as mesmas glórias que miss Barbra Streissand obteve na segunda metade da última década.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Disc-Review
12
31/01/1970

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