Artigo em 16.05.1986
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de maio de 1986
O poeta e professor Leopoldo Scherner, nascido em São José dos Pinhais em 1919, é o próximo Cidadão Honorário de Curitiba, com certeza. O projeto de lei nesse sentido foi apresentado pelo vereador Jorge Bernardi. A homenagem vai vir com muito atraso. Mas antes tarde do que... já dizia o ditado popular. Scherner, além de estimado professor e um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, é também poeta. Em recente edição dominical do "Almanaque" ele trouxe uma contribuição importante para a literatura: suas lembranças de um ex-professor, o poeta Manuel Bandeira. Na foto, Scherner pega uma sombra do limoeiro ao fundo de sua casa, em São José dos Pinhais. Esse limoeiro é apelidado de "Everest" e seus frutos contribuíram para muitas "caipirinhas" consumidas por iniciantes poetas, em fins de 60 e início da década de 70. Seus alunos saíam de Curitiba, pegavam um ônibus e na acolhedora casa do professor de Literatura curtiam tardes de poesia regadas à caipirinha incrementada pelo generoso "Everest", que até hoje não deixou de dar bons frutos. Como o poeta.
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Airton Pires, poeta, trovador, compositor, artista plástico, músico, agitando na cidade. Nascido em Campestre, São José dos Pinhais, passou seis anos em Salvador ilustrando livros, discos e compondo. De volta a Curitiba, Airton tem sobrevivido com a venda de poemas. "Quem não tem dinheiro para comprar um livro pode optar por apenas uma poesia", diz ele. Trazendo no sangue a arte dos sanfoneiros, ele agora parte para batalhar um show individual, após dar "canjas" em vários espetáculos como no recente "Aché", realizado por Grafite, Cardoso e Geraldo Magela.
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