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Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de julho de 1986
Reunindo uma seleção de cartas que Henfil publicou na revista "Isto É", a partir de 1977, "Cartas da Mãe" (226 páginas, Cz$ 69,90, Record) chega a quarta edição. por coincidência quando a inspiradora da obra, dona Maria, mãe de Henfil, completa 80 anos de idade. os textos de Henfil primam pela sutileza, ironia mordaz e sempre presente bom humor que repassa em cada uma das cartas escritas para sua mãe. Textos que se tornaram hoje documentos tão importantes quanto originais, por registrarem de maneira sui generis um período de nossa história marcado pela repressão a todas as formas de expressão de conteúdo político e social.
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A Editora Guanabara reedita ho Brasil uma obra importantíssima,de um autor, infelizmente, pouco conhecido: "Leviatã" de Julien Green (Paris, 1900). Lutou na I Guerra Mundial, vacilou entre a carreira religiosa, a pintura e a música e a partir de 1926 dedicou-se a literatura, com romances, teatro, ensaios e um célebre diário. "Leviatã", cuja ação se passa numa pequena cidade do interior da França, é seu romance mais famoso. Uma densa história sobre um homem em conflitos com sua esposa e que passa a perseguir uma jovem, Angela, por quem se apaixona - mas que o rejeita (entregando-se, entretanto, a outros homens). O romance mostra um quadro implacável da monotonia e mediocridade da vida dos habitantes de uma pequena cidade.
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Nesta época de tanto feminismo, um livro original: "A Síndrome da Supermulher" de Marjorie Hansen Shaevitz (307 páginas, Cz$ 89,90, Record). Não é a mulher-clichê convencional - dinâmica, rica, multitalentosa etc. etc. - mas sim a super-mulher que é a esposa, a mãe carinhosa, e amiga sincera, a filha terna, a boa dona-de-casa, a profissional competente. Enfim, uma extraordinária mulher comum. Um livro interessante e inteligente, dando uma outra visão do feminismo tão em moda. Mas com realismo.
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