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Aramis

Cantores

Aos 36 anos, Bob Dylan (Robert Zimmermann, Deluth, Minnesota, 1941), é um dos maiores nomes da música americana. A seu respeito já foram publicados mais de 20 livros, analisando sua poética, suas posições políticas, sua presença catalizadora de uma faixa da juventude, como compositor e contestador, num trabalho que se aproxima, e muito, do de Joan Baez - com quem, aliás, fez muitas gravações e shows. Rareando suas temporadas, selecionando muito bem o material para suas gravações e, nos últimos anos, aparecendo como ator (como em "Billy The Kid e Pat Garret", 1973, de Sam Peckinpah), Bob Dylan é toda, desde com "Blown'in the Wind" aconteceu como um dos maiores sucessos americanos nos anos 60. Toda sua discografia concentra-se na CBS, que o mantém em catálogo, mas isso não impede que tenham também aparecido discos piratas ou paralelos. Dois destes, editados na Europa pela Joker, acabam de aparecer agora, no Brasil, pela Imagem, pequena etiqueta, do bravo Jonas Silva, que tem conseguido fazer algumas edições surpreendentes. Com o subtítulo de "A Rare Batch of Little White Wonder", sem identificação de data e local de gravação, o volume 1 deste disco-pirata de Dylan, traz cinco composições próprias ("Califórnia", "Man of Constant Sorrow", "Only A Hobo", "Candy Man" e "Farewell Angelina"), mais uma bela canção de Woody Guthrie (1912-1967) - "I Aint't Got No Home"), e musicas de outros autores, menos importantes. Um disco indispensável aos interessados na obra de Dylan, sem dúvida um dos mais conscientes compositores de nosso tempo. Contemporâneo de Dylan, Neil Diamond (Brooklin, Nova Iorque, 1942), tem seguido uma carreira totalmente diversa, a partir de seus primeiros sucessos ("I'm A Believer", "A Little Bit Me, A Little Be YOU"). Entremeado músicas menores, sucessos fáceis, fez, há três anos, um belíssimo trabalho - a trilha sonora de "Fernão Capelo Gaivota", que Hal Ashby adaptou do best-seller de Richard Bach, editado em álbum CBS, que só agora está aparecendo com a força que merecia. A CBS, aliás, tem cuidado de abastecer as lojas com discos de Diamong, ao qual se acrescenta agora um robusto álbum duplo ("Live At The Greek", 138006/7, julho/77), gravado ao vivo no Greek Theatre, e sintetizando ao longo das quatro faces, momentos mais iluminados de sua já obra. Assim, a abertura é com "Streetilife", "Kentucky Woman", "Sweet Caroline", "The Last Picasso" e prossegue com "Beautiful Noise", "Surving The Life", "Glory Road", "Brother Loves Travelling Salvation Show", até atingir, na última face, as músicas da trilha de "Jonathan Levingston Seagull" e encerrando com "I'Ve Been This Way Before". Al, pode ser diminutivo de vários nomes - Alfred, Albert, Alonzo, etc. E dois cantores com o prenome de Al estão aparecendo no Brasil. Al Green, já com seu segundo LP na praça ("Have A Good Time") London/Odeon, LLS 4015, junho/77). Nascido em Arkansas, um dos maiores vendedores de discos nos EUA em 72, Al Green aos 21 anos gravou um compacto. "Back Up Train", que ajudou a chegar ao trompetista, Willie Mitchel e conjunto, com quem trabalhou algum tempo. E Mitchell e o produtor deste "Have A Good Time", toca pistão e ainda é autor de 6 faixas: "Keep Me Cryin", "Smile A Little Bi More", "I Tried To Tell Mysell", "Something" e "The Truth Marches On"22 e "Happy". Duas das que sobraram são com músicas do próprio Green: "Have a Good Time" e "Hold On Forever". Já Al Jarreau, está chegando ao Brasil com toda a força do complexo Warner Communications, que agora lança seu lp "Look To The Rainbow" (WEA, 30.033, julho/77), gravado ao vivo na Europa - quando e onde, precisamente, não informa. O repertório de Jareau é eclético, chegando ao jazzístico, por exemplo, incluindo uma vocalização de "Take Five", o grande tema de Paul Desmong (1924-1977), ao lado de músicas de Leon Russel ("Rainbow In Your Eyes"), Lane/Harburg ("Looke To The Rainbow"), David Wheat/William Loughborough ("Better Than Anything") e duas composições próprias: "Só Long Girl" e "One Good Turn". Nascido na Índia, em 1936, filho de um oficial ingles, Engelbert Humperdinck começou sua carreira em Londres, onde o seu primeiro empresário, Gordon Mills, trocou seu nome de família - Dorcey, para Humperdinck. Lançado paralelamente a Tom Johnes, por Mills. Engelbert não alcançou a mesma popularidade daquele cantor mas, a partir de 1967 não deixou de fazer muitas gravações. Conquistou, inclusive, uma faixa do público, sensível a sua voz, forte, profunda, tenorista. "After The Lovin" (EMI/Odeon, 8052, agosto/77), traz um repertório de novos autores, principalmente Bobby Elli, autor de 4 faixas deste elepe, onde a única faixa de autor conhecido é "The Hungry Tears", de Neil Sedaka. Cantor e guitarrista, Glen Campell (Delight, Arkansas, 1937), começou numa banda em Albuquerque, Novo México, na linha country, da qual, aliás, pouco se afastou em 16 anos de carreira profissional, a partir de sua primeira gravação "Turn Around, Look To Me"), embora em 1967, tenha sido um dos vocalistas a gravar o belíssimo "By the Time I Get To Phonix", de Jim Webb. Em 69, outra grande chance, ao interpretar a balada "True Grit", do filme "Bravura Indômita", que valeu a John Wayne o Oscar de melhor ator. "Southern Nights" (Capitol&(Odeon(, 5011601, agosto/77), é um elepe bem acabado, com arranjos de Charlies Celelo, Joe Nitzche e de Jim Webb, autor aliás de duas das melhores faixas: "Early Morning Song" e "This Is Sarah's Song". Outros autores valorizam o disco: Neil Diamond, com "Sunflower", e os novatos Allen Toussaint - ("Souther Nights"), Michael Smotherman ("For Cryin Out Loud", "I'm Getting Used To The Crying"), B. Wilson/T. Ascher ("God Only Knows"), John Jennings ("Guide Me"), Brian Cad ("Let go"), e V. Medin/N.Albright ("How High Did We Go". Nem as mais recentes enciclopédias de musica americana registram que sejam Barry Manilow, mas deve se tratar de um novo astro, para justificar a EMI/ODEON, lançá-lo, em álbum duplo (XARL 30033/4, agosto/77), gravado ao vivo (onde enquanto como sempre informações sonegadas do público), com um repertório dos mais ecléticos, misturando a músicas próprias - e que são muitas - até o "C Jumpin At The Woodside" de Count Bassie. Outro novo cantor que (aparece( na praça é Johnny Bristol "Bristol's Crime", WEA, 30.029, julho/777), autor também de todas as oito músicas incluídas neste álbum, do qual também é o produto. Jimmy Jackson, um crioulo simpático, com "Romeo & Juliet (Goodson/Weimann), teve uma boa colocação nas paradas, justificando o investimento em lp da Buddah Records, que a Rapecar, agora, aqui edita, juntando outras músicas - "Something's Burring", "Rolin Dice", Without You", "What Is?" etc., amparando a voz forte de Jimmy num sólido apoio instrumental. E por último, mais um cantor italo-americano - Tony Pacino, nas águas caudalosas do rio aberto, anos atrás, por Tony Bette. Em produção de Guy Mardel, Pacino desfila um repertório conhecidíssimo, a partir de "Come Prima" (panzen/Taccani) e chegando até Day After Day", passando por "You've Got to Know", "Almost Strangers", "We'Re All Alone", entre outros. Lançamento Sigem/Continental.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
30
26/08/1977
eu gostaria que voces me dessem uma ajuda. Há muitos anos procuro um disco e pesquisando o nome do cantor achei uma reportagem de voces do ano de 1977, do dia 26 de agosto, sobre o cantor jimmy jackson musica romeo e juliet compositores goodson e weimann, da buddah records, naõ consigo achar nada deste cantor, gostaria que me disesem onde acho qualquer coisa sobre este cantor. grata se me responderem. norma rodrigues dos santos. nortelandia - mt - Brasil
Oi... vc a achou o jimmy jackson.? Fabricio jcfabricio@hotmail.com Sinop

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