Celina, a personagem em 2 boas estorinhas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de junho de 1992
Celina Luz, catarinense de São Francisco do Sul mas curitibana por adoção, musa loira de inesquecível Mauri Furtado (1939-1964), nos tempos em que ela dividia com Nelson Faria de Barros a coluna social "Eles & Elas" na ''Ultima Hora", edição do Paraná (1962/64), é lembrada em duas [das] melhores estórias de "Manolo`s - [Caleidoscópio] de um Bar". Em "fôlego de gato", ela é citada ao lado de [Sérgio] e Luis Paulo Carneiro e de Otto Lara Rezende, quando o grupo chegou, já de madrugada, no Antonio`s: "Não se sabe como foi conseguido um acordeão que, com a devida autorização dos outros presentes, passou a ser tocado por Luis Carlos. Rapidamente o cenário foi trocado, mesas e cadeiras afastados e era iniciado o baile. Sete horas da manhã e a "festa" já ganhara a varanda e a calçada. Vizinhos aplaudiam. Otto Lara Rezende, sem conseguir ninguém consigo, foi sozinho para o velório de Otávio de Ferria. Pouco depois das 10 da manhã, Celina Luz, já em casa, na cama, por vício, liga o aparelho de TV e dá com a cara do Otto, falando sobre o autor de "Tragédia Burguesa". Otto conseguira emendar festa, velório, enterro e entrevista.
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Celina Luz deixou a UH-PR - onde era a paixão coletiva da redação (mas especialmente do Mauri Furtado, que na época adorava as crônicas de Carlinhos Oliveira) e foi trabalhar no JB. Acabou correspondente em Paris, fez carreira internacional mas voltou ao Rio, onde hoje, ainda faz jornalismo.
A segunda história da qual é personagem, contada no livro, é mais recente - passou na madrugada de 15 de fevereiro de 1991, quando ela, Léa Maria, Sérgio Carneiro e Mauro Almeida, tentavam lembrar o nome de um lírico e histórico boêmio dos anos 40, parceiro de Manuel Bandeira em "Azulão". Ninguém lembrava-se de seu nome, até que ao ir ao banheiro, Almeida encontrou um amigo que não via há 20 anos, e que, enquanto urinava, lembrou:
- O parceiro de "Azulão" é o Jaime Ovalle, porra!
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