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Aramis

Cinema

Na imensa filmografia shakespereana, levantada em 1964, por ocasião das comemorações alusivas ao 4o centenário do nascimento do Bardo de Stratford-Avon, o estudioso F. Silva Nobre, no didático ensaio ("Shakespeare e o cinema", Editora Pongetti, 1964), apontou mais de 100 filmes realizados entre 1899-64. Nestes últimos nove anos, a filmografia foi acrescida de novos títulos, entre os quais duas novas versões de MacBeth", a última das quais produzida no ano passado por Hugh Hoffner, editor da revista "Playboy" e dirigida por Roman Polanski (foto), atualmente está em cartaz no cine Vitória. A publicidade procura destacar o fato de ser "um novo filme", pois é natural que o público menos informado julgue tratar-se de um relançamento, justificando-se portanto este cuidado promocional. A primeira vez que a tragédia "MacBeth" foi utilizada no cinema ocorreu em 1905 quando numa produção Mutoscope foi incluída a famosa cena do Duelo. Quatro anos depois, o cinema Italiano voltaria a aproveitar o tema, com direção de Camerini. Novas versões sucederam-se em 1911, 1913, 1915 (direção de John Emerson), todas sem qualquer expressão. Em 1947, finalmente, ORSON Welles realizou a sua clássica adaptação, rodada em apenas 21 dias (após 4 meses de ensaios num palco abandonado da Republic). Nesta modesta produção, Welles interpretou o personagem-título, cabendo a um grupo de artistas do Mercury Theatre, os outros papéis da tragédia. No mesmo ano, um grupo de amadores realizou outra adaptação de "MacBeth".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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01/02/1973

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