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Clássicos

Há seis anos, nas comemorações do 200º aniversário do nascimento de Ludwig van Beethoven (1770-1827), a Phonogram, que iniciava o notável projeto "Quem Tem Mêdo da Música Clássica?", idealizado por Maurício Quadrio, lançou o "Projeto Beethoven", com 40 elepes, distribuídos em quatro caixas, contendo o fundamental da obra do grande mestre. Provada a existência de um mercado seguro para a música erudita, o que faz com que hoje a Phonogram dedique quase 30% de sua produção a este setor, com um crescimento de vendas espantoso, a gravadora só tem feito reforçar o seu catálogo de obras de Beethoven. Tanto é que grande parte dos lançamentos feitos até agora - e até o final do ano sairão mais 120 elepes de música erudita - foram com obras de Beethoven. Como sempre, tratando-se de produções da Phonogram, se tratam de gravações primorosas, com os melhores, interpretes. Na semana passada, com a Orquestra Sinfônica de São Francisco, sob a regência do maestro Seiji Ozawa Hoten, Manchúria, 1935), temos a Sinfonia nº 3 em Mi Bemol Maior, opus 55 - a "Eroica" (lp Philips 95000.002, julho/76). O mesmo maestro Ozawa, já regendo a Orquestra Sinfônica de Boston, apresenta o "Concerto Para Piano e orquestra nº 5, tendo como solista Christoph Eschenbach (Deutsche Grammophon/ Phonogram, 2530438, junho/76). Composto em 1809 e estreado provavelmente em 28 de novembro de 1811 em Leipzig, dedicado ao arquiduque Rodolfo, da Austria, este concerto para piano e orquestra de Beethoven teve sua primeira publicação da partitura somente em 1857. Com o pianista Maurízio Pollini, temos a "Sonata para Piano Nº 30 em Mi Maior, opus 109º e a sonata nº 31 em Lá Bemol Maior, opus 110, duas obras que integram o último grupo de peças importantes de Beethoven para piano. Também os Concertos de Piano números um, dois e quatro, na interpretação do solista Stephen Bishop (Los Angeles, 1940), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da BBC, sob a regência de Colin Davis, aparecem em dois volumes (Philips, 6500.975/6500179, julho/76). xxx Prosseguindo em seu lançamentos eruditos, utilizando o excelente catálogo da AZ - Delphine Records, de Paris, que representa no Brasil, a Copacabana editou o primeiro volume das obras para piano de Claude Debussy (1862-1918). Com a pianista Jean Joel Barbier, temos neste belo elepe (AZLP 12019, junho/76), doze preludios, que, para muitos críticos, foram inspirados em telas de Monet, de Sisley ou de Pissaro, pois "é assim que se tem concebido a legenda do grande gênio como "música impressionista". Ilustrando a capa deste bonito elepe, a reprodução do quadro "Danseuses" de Marie Laurencin, do Museu de Arte Moderna de Paris.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
26
25/07/1976

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