Clélia, a super fã
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de abril de 1978
Uma jovem senhora curitibana Cléia Ramos, decoradora e pintora amadora, é prova de que ainda existem fãs como nos velhos tempos. Apaixonada por alguns ídolos da tela dos anos 50, se propôs, há alguns meses, a responder num programa de televisão sobre a vida, paixões e filmes do ator Tyrone Power (1914-1958). Infelizmente, o programa ("8 ou 800") acabou antes que sua inscrição fosse formalizada.
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Como não são apenas os ídolos cinematográficos que a fascinam, mas também os músicos, a mesma fã passou muitas horas defronte do Hotel Caravelle, onde o maestro Ray Conniff hospedou-se, quando de sua passagem por Curitiba, em julho do ano passado. Mesmo não falando inglês, insistiu tanto, mostrou tanto entusiasmo que acabou realizando dois de seus maiores sonhos: ganhar um beijo (nas faces) de Conniff e aparecer numa foto ao seu lado, já devidamente transformada num pôster de 2x2 metros.
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E como rei morto, rei posto, hoje, 21 anos após a morte de Tyrone Power, outra de suas grandes paixões cinematográficas é Charlton Heston. E ao ler nos jornais que o ator de "Os Dez Mandamentos" está no Rio, não deixou por menos: embarcou num noturno da Penha, na quinta-feira e foi diretamente da Estação Rodoviária para o Sheraton. A espera no saguão do hotel valeu a pena: quando Heston ali chegou, após uma partida de tênis, a atendeu gentilmente, lhe deu 5 beijos e posou para duas fotos. Clelia lhe ofereceu um quadro de madeira, com uma paisagem do Paraná, e o astro de "Bem Hur" lhe perguntou, em espanhol:
- Você é casada?
Ela respondeu que não. E então acrescentou:
- Então espero revê-la um dia...
em Los Angeles.
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