Cutucado do Coronel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de janeiro de 1985
Sutilmente, o coronel Adwaldo Cardoso Botto de Barros, que deixou a presidência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para assumir a secretaria-geral da União Postal Universo, órgão da ONU, dispara algumas farpas contra os administradores do Paraná, responsabilizando-os pela EBCT não Ter, ainda, em Curitiba, uma grande central de triagem de correspondência. Em entrevista a "Isto É", Adwaldo Barros, admite que, embora se sinta realizado pelo que fez na EBCT em 12 anos, reconhece que se deva modernizar ainda mais os Correios de Belo Horizonte e Curitiba, "que precisarão de centros de triagem e de mecanização nos próximos anos, como já fizemos em São Paulo, Rio e Brasília".
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Detalhando a questão, diz o novo secretário-geral da UPU (com sede na Suíça), que é o órgão que estabelece normas postais para todos os correios do mundo:
"Não pude atuar em Minas e no Paraná por extrema falta de sorte. Porque geralmente se precisa de uma área muito grande ou, se já existe a área, é necessário que se façam determinadas concessões à empresa. Por exemplo, o prédio-sede, da EBCT, em São Paulo, deve-se ao Olavo Setúbal, que, quando era prefeito, permitiu que se construísse um prédio desse gabarito aqui. Então, os homens precisam Ter certa visão. Já no Paraná, não tive sorte. Tenho a área, mas o tal de gabarito não muda de jeito algum. Então, fica sem, não é?"
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A propósito: o novo presidente da EBCT não se chama "Boneca", como alguns veículos noticiaram. Na verdade, o presidente da lucrativa empresa é o arquiteto Dirceu Bonecker de Souza Lobo. E não é parente de Glauco Souza Lobo, o carnavalesco diretor executivo da Fundação Cultural.
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