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Aramis

A dança com humor...

Embora exista um grande - e pelo visto cada vez aumentando mais - público interessado em dança no Brasil, a crítica especializada, profissional, em torno desta arte, é ainda restrita. Mas os poucos críticos nacionais que já escreveram a respeito do Les Ballets Trockadero de Monte Carlo, que a partir de amanhã fazem uma curta temporada no Guaíra, com dois programas diferentes, destacaram um aspecto muito importante deste espetáculo: o humor e a leveza deste grupo que tem direção geral de Eugene McDougle e artística de Natch Taylor. Assim, entre tantos espetáculos de dança programados para 1980, em Curitiba, a sua passagem, neste fim-de-semana, obrigará ao público, já com tantas opções, a reservar ingressos para conhecer ao menos um dos programas a terem lugar no palco do grande auditório do Guaíra. Formado há apenas seis anos, inicialmente como "The Trocks" o grupo apresenta balé clássico e trabalhos modernos, satirizando os estilos convencionais da dança, escolas e coreografias. Em setembro de 1974, quando começou, incluía algumas mulheres, mas a base de entretenimento tem tido sempre a apresentação da dança por "travestis" com os homens encenando tanto os papéis masculinos quanto os femininos. O Trockadero estreou, oficialmente, num sótão da 14 Street-West, New York city, com um repertório que incluía justamente duas peças que tornar-se-iam as encenações mais importantes da companhia - e que por coincidência, estão no programa de amanhã e domingo (16 horas) - "Lago dos Cines", música de Tchaikowski e "Don Quixote" música de Ludwig Minkus, a única versão americana desses trabalhos até a de Mikhail Baryshnikov (cuja vinda a Curitiba, dentro de alguns meses, também esta programada) no American Ballet Theatre, em 1977. Um ano depois, o Trockadero já passava a se apresentar fora de Nova Iorque e, em janeiro de 1976 começava a viajar ao Exterior, chegando, em 1978, em sua primeira excursão, à América do Sul. Hoje, com 11 bailarinos, 2 técnicos e uma mestra de balé, os "Trocks" têm agenda das mais disputadas que pelo humor e talento de seus integrantes - o que se traduz até na biografia dos seus integrantes - o que se traduz até na biografia dos seus integrantes - atinge mesmo aquelas faixas de público que, habitualmente, não apreciam o balé. De Helen Highwaters, por exemplo, o release que a Aulus, responsável pela excursão da companhia no Brasil, distribuiu, vem a informação tão lacônica quanto curiosa: "sua biografia não está presentemente disponível em virtude de seu passado estar sendo ainda pesquisado pelos funcionários do Museu Americano de História Natural".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
24/04/1980

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