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Aramis

De homens, fatos & coisas

O publicitário Sérgio Mercer, executivo da Umuarama (Bamerindus) foi eleito presidente do Clube de Criação, em substituição a Ernani Buchmann (Múltipla). Para vice foi escolhido Osvaldo Miranda (Miran), diretor de arte da PAZ, que, aos 29 anos, é um dos primeiros brasileiros a ser admitido como sócio do Art Director's Club, de Nova Iorque, por proposta de Milton Glaeser, um dos mais respeitados nomes das artes visuais nos Estados Unidos. xxx Revelação do critico Orlandino Marques, na cidade participando do Seminário de Literatura: uma de suas paixões, afora a literatura, é a boa música brasileira. E é dono de uma selecionada coleção do que há melhor em nosso cancioneiro. xxx Numa das primeiras sessões do seminário, um dos poucos curitibanos a tentar incendiar a adormecida reunião, com provocativas questões a Marques foi o contista (e publicitário) Jamil Snege. Nos anos anteriores, a vedete rebelde do seminário era sempre o concretista Paulo Leminski. xxx Adan Darius, um dos grandes mímicos do mundo e que esteve no Guaíra, há alguns meses, apresentando-se para um reduzido público, manda de Londres o prospecto de seu "The Mime Centre", único centro de treinamento de mímicos em toda Inglaterra. Eis o endereço para eventuais interessados: The Registrar, 10 Egerton Place, London SW3. xxx João Aracheski, executivo da Fama Filmes, em inflamados telefonemas ao Livio Bruni, produtor de "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia", transmitindo péssimas notícias: em 4 dias de exibição nos 7 principais cinemas da cidade, o polemico filme não havia faturado ainda nem Cr$ 300 mil. Com isso, dificilmente o contrato original poderá ser mantido: 3 semanas em cada um dos 7 cinemas. Pelo visto, a motivação do Esquadrão da Morte, não chegou aos espectadores curitibanos. Ao contrário, aumentaram as reclamações pela falta de maiores opções cinematográficas nesta semana. xxx Antônio Carlos Kraide, moço de imaginação, bolou um original convite para o coquetel de apresentação de "Curitiba, Velha Guerra" (Ginásio do Trabalhador, avenida Cândido de Abreu, a partir do dia 1o, hoje, às 23 horas, num casarão da avenida João Gualberto: um guardanapo com o texto manuscrito, mais o decalque, em batom, de femininos lábios. O programa da peça, com músicas de Paulo Vítola e Marinho Galera, será uma espécie de cardápio bem característico de um restaurante curitibano. A peça fala muito sobre Curitiba, seus bares e sua gente, numa espécie de seqüência, mal comportada, de "Cidade Sem Portas". Um dos consultores a quem Kraide recorreu para montar o texto foi o advogado Nireu Teixeira, um dos homens mais bem humorados (e inteligentes) desta nossa patrocity.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
24/05/1978

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