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Aramis

Depois das Eleições

Neste período pós-eleitoral, a interpretação dos resultados do pleito do dia 15 oferece amplo e fato material para análises político-sociológicas, enriquecendo a divulgação ampla em torno dos resultados das urnas. Ontem, um grupo de políticos reunidos no Ginásio do Tarumã, onde acompanha as apurações, comentava a renovação que haverá na Assembléia e Câmara Federal. Em especial, no Legislativo Estadual a renovação será de mais de 60% com o aparecimento de nomes até então desconhecidos, poucos familiares mesmo aos mais bem informados jornalistas. Na bancada do MDB já com eleição assegurada com um dos mais votados está o advogado Oswaldo Evangelista de Macedo, 33 anos, presidente do diretório do partido oposicionista em Londrina, cidade em que reside há 8 anos. Durante seu tempo de estudante da UFP, Osvaldo foi ativo [repórter] de O ESTADO, tendo também grande militância no Partido [Acadêmico] Renovador de gloriosas tradições do Centro [Acadêmico] Hugo Simas. XXX Como o [polêmico] Pedro Lauro está conseguindo eleger-se para a [Câmara] Federal, abrirá mais uma vaga para os suplentes emedebistas na [Câmara] Municipal: o ex-vereador Lauro Carvalho Chaves, assumirá a vaga de Enéas Faria até agora o deputado mais votado na capital, pelo MDB; Pedro Lauro assumiria a segunda vaga aberta na [Câmara] Municipal, mas caso vá para Brasília, será convocado então o terceiro suplente, o desconhecido Moacir Tosim, 35 anos proprietário de uma pequena gráfica e fanático torcedor do glorioso Clube Atlético Paranaense. Caso o vereador Arlindo Ribas de Oliveira atinja o seu antigo sonho de, após quase 3 décadas de legislativo municipal chegar ao Palácio 19 de Dezembro, haverá uma quarta vaga para aquela bancada. Os dos primeiros suplentes da Arena o radialista José Domingos e Luis Carlos Ramos, braço direito do empresário Cecílio Rego Almeida acompanham, de coração na mão, as votações dos candidatos Edgard Dantas Pimentel e Ruy Carneiro, pois dependendo de [suas] [eleições], terão sua vez e hora no [Palácio] Rio Branco. Ontem no Ginásio do Tarumã, surgiu a piada de que o computador era arenista e por isto fundiu a cuca com os primeiros resultados. Para acompanhar os resultados os candidatos montaram esquemas individuais de controle na base do telefone interurbano podendo assim, voto a voto, sentir como caminha a situação política.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
4
20/11/1974

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