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Aramis

Deputados para 1978

Embora faltando quase 2 anos para as próximas eleições parlamentares já se nota uma movimentação de certos setores, interessados em promover lançamentos de alguns nomes capazes de, pela Arena ou MDB, conquistar uma cadeira na Assembléia Legislativa em 1978. O primeiro candidato da Arena que decidiu deflagrar seu esquema publicitário foi Erwin Bonkoski, proprietário das rádios Colombo e Cultura. Mesmo correndo o risco de ter problemas legais - aliás, já levantados pelo vereador emedebista Amadeu Geara - Bonkoski determinou a todos os locutores e apresentadores de seus prefixos que insistam, em todas as oportunidades, na veiculação de seu nome, acompanhado de frases como "o homem que o povo quer" ou "o homem do povo". No Interior, onde as lideranças políticas se solidificam a custa de trabalho pessoal, de eleitor a eleitor, há municípios em que já existem até dez candidatos a candidatos. Profissionais liberais, empresários e mesmo modestos empregados de diferentes setores, animam-se com a perspectiva de virem a integrar o poder Legislativo - mesmo sabendo que para isso há um longo e oneroso caminho. Em Campo Mourão , por exemplo, o engenheiro Aramis Meyer Costa, próspero empresário, vem resistindo aos convites que lhe fazem para retornar a sua vocação política, ele que sempre demonstrou muita habilidade na movediço compo eleitoral - desde seus dias de presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia do Paraná. Em Curitiba, poderão aparecer candidatos - surpresa, entre homens e mesmo mulheres, que normalmente se mantém afastados da vida política. Denísio Belotti, proprietário de uma fábrica de flâmulas, ex-homem de promoções e de lideranças clubisticas, vem sendo cogitado por alguns grupos, enquanto outros - também na área social, preferem José Vieira Sibut, o eterno presidente da Sociedade Thalia. O curioso é que os próprios nomes lembrados tem se mantido arredios a idéia. Há também mulheres que são sempre lembradas, embora, tradicionalmente, o eleitorado seja hostil ao feminismo político. A Sra. Clotilde Quadros Cravo, atuante em vários movimentos feministas é, mais uma vez, um nome cogitado, bem como a Sra. Juril De Plácido e Silva Carnascialli, colonista social da "Gazeta do Povo" e integrante da diretoria de quase todas as principais entidades culturais e filantrópicas da alta sociedade curitibana. No meio artístico, cogitou-se já no nome de Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea. Além de ser um dos artistas mais estimados na cidade é ainda um homem de preciosas experiências políticas, que cresceu entre felpudos políticos pessedistas - e graças a cujos ensinamentos têm sobrevivido na selva de invejas e fofocas de nossos dias.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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05/03/1977

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