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Aramis

Edla, uma peça e, agora em Paris

Edla Van Steen, 49 anos, escritora, esteve em destaque nacional nos últimos dias: o lançamento de um novo livro de contos ("Até Sempre", Editora Global) e uma próxima viagem a Paris, onde permanecerá um ano, acompanhando o marido, o crítico Sabato Magaldi, ex-secretário da Cultura de São Paulo. Os curitibanos que acompanhavam os meios artísticos da tranqüila cidade do meio dos anos 50 lembram-se de Edla, uma bela e inquieta jovem, que chegou a fazer uma experiência de repórter em O ESTADO DO PARANÁ, gostava muito de teatro e, em 1960, foi convidada para interpretar um dos papéis de "A Garganta do Diabo", terceiro longa-metragem de Walter Hugo Khouri, rodado em Foz do Iguaçu. xxx Uma dezena de livros publicados, Edla agora vai estrear como autora de teatro: "Acerto de Contas" é sua primeira peça, "um desafio para quem escreve em prosa, com a agravante de que nunca sei sobre o que vou escrever", diz, acrescentando: - "Trabalho assim, palavra, uma frase desencadeando outras, uma reflexão puxando outra idéia ". Apesar da vivência curitibana na juventude, Edla não esquece o Estado natal - Santa Catarina, onde viveu até os quatro anos de idade. Falando à jornalista Vera Magyar, do "Jornal da Tarde", na semana passada, Edla recordou os reflexos da guerra na colônia alemã. Sua peça terá um pouco daquele clima - que vivenciou profundamente. - "Na essência, um caso de amor, envolto em mistério, que acaba revelando diante do público. É também uma espécie de denúncia sobre os problemas que muitas famílias alemãs viveram durante a ll Guerra Mundial ". A estréia de "Acerto de Contas" terá lugar em Santa Catarina, inaugurando um novo teatro. Mas talvez Edla não possa estar presente: em Paris, ela já tem vários compromissos profissionais. - Fiz um contrato de tradução e adaptação para a Editora Scipioni. Vou traduzir uma obra juvenil - "O Estranho Caso [do] Dr. Jekil e Mr. Hyde", de Robert Louis Stevenson, representar a Global no Exterior, visando a publicação de autores franceses e outros estrangeiros no Brasil, e tentar montar uma via de mão dupla. Ou seja, levar para lá romances de literatura brasileira contemporânea, o que é mais viável do que possa parecer a princípio, já que na França há 20 mil estudantes de língua portuguesa.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
24/09/1985

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