Eleições (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de fevereiro de 1978
O grupo de associados da Thalia que decidiu, democraticamente, propor uma renovação no clube, vai passar o Carnaval trabalhando na elaboração de material de informação aos 4 mil associados, dando telefonemas e mantendo contatos diretos - para tentar derrotar o forte esquema que garante a José Vieira Sibut, há quase duas décadas o controle absoluto da sociedade da rua Comendador Araújo.
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A contestação a Sibut vem já de alguns anos, mas cresceu a partir de uma assembléia- geral [convocada] há alguns meses, quando, entre outras iniciativas, foi proposta a alienação do valorizadíssimo imóvel da sociedade na Rua Comendador Araújo e a construção de um super-hotel na praia de Guaratuba. Todos reconhecem um Sibut uma grande capacidade administrativa, dinamismo e agilidade na vida clubística, mas discutem a viabilidade de muitas iniciativas - e principalmente os critérios que têm sido adotados. Assim, num saudável exercício democrático, o grupo decidiu dar aos 4 mil associados uma opção nas eleições a serem realizadas dentro de duas semanas: ou a continuidade da atual política ou uma renovação, com uma plataforma dinâmica de trabalho e abertura do clube para outros setores.
De princípio não há nomes para a presidência, no caso da vitória da oposição. Entre os 60 nomes que compõem a chapa serão escolhidos os da diretoria executiva e uma coisa é certa: em hipótese alguma será permitida a reeleição do presidente por mais uma vez.
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