Login do usuário

Aramis

Embarque numa viagem quando cinema trazia grandes músicas

Enquanto as trilhas sonoras, integrais, têm um público fiel - mas que se mostra cada vez mais contrariado pela falta de melhores opções (excelentes trabalhos continuam inéditos no Brasil, enquanto o lixo montado com descartáveis faixas pop é lançado), um segmento bem mais amplo, que apenas assimila as sound track em seus limelight's após anos de insistência prefere seleções dos temas mais conhecidos. Justamente para esta faixa de consumidores é que Toninho Paladino, especialista em produtos de grande aceitação comercial para a Sigla Som Livre montou dois discos, que com boa promoção via televisão, encontrarão público fácil: "The Winner Is... A Música Premiada de Filmes Famosos", reunindo 13 temas de filmes dos anos 40/60 - obviamente, nem todos premiados por suas trilhas sonoras - e mais 14 outros temas que também tiveram utilização em trilhas sonoras do passado. Em "The Winner Is" o tema mais antigo é "O Terceiro Homem" do citarista Anton Karas, no filme do inglês Carol Reed (1949), que foi dos mais ouvidos nos anos 50 e permanece até hoje como um dos melhores exemplos da utilização da cítara na música cinematográfica. Outro tema clássico é de "Shane" ("Os Brutos Também Amam", 53, George Stevens) de Victor Young, que em sua versão vocal ficou como uma balada inesquecível deste cult-western. "Ben-Hur" (59) e "El Cid" (61) são exemplos da grandiloquência de Miklos Rozsa. "Exodus" que marcou o filme de Otto Preminger (1960) sobre a criação do Estado de Israel; "More" (Oliviero/Ortolani/Cioroeobini) que foi a melhor coisa do demagógico documentário "Mundo Cão"; as broadwiniana "The Sound of Music" (65, de Rodgers & Hammerstein, da peça que Robert Wise filmou em 1966); a clássica "Love Is A Many Splendored Thing" que valeu a Webster/Fain o Oscar em 55 (filme "Suplício de uma Saudade") e "Born Free" de "A História de Elza" (65, de James Hill), são outros bons momentos desta seleção que inclui ainda o tema que marca todos os filmes da série James Bond; o clássico "To Love Again" inspirado em Chopin que arrancava lágrimas em "Melodia Imortal" (55, de George Sidney); o indefectível (e xoroposo) "Limelight" de "Luzes da Ribalta" (Chaplin, 52 e a grandiloquência de Maurice Jarre (em seus bons tempos) em "Lawrence da Arábia" (62, de David lean). Arranjos cromáticos, com muitas cordas, na interpretação de anônimos músicos de estúdios. Já a 21st Century Orchestra em "Music For Pleasure" - Belas Músicas com Grande Orquestra", busca temas ainda mais conhecidos como "The Shadow Of Your Smile" (de "Adeus às Ilusões", 55), "Moulin Rouge", "The Impossible Dream" (de "O Homem de La Mancha") mas revela uma jóia sonora de um clássico de King Vidor que lembra Jennifer Jones em início de carreira: "Ruby" ("A Força do Desejo", 52, de King Vidor). Música de bom gosto, suave, para um relax cinematográfico. FOTO
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
4
26/04/1992

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br