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Aramis

Engenheiros florestais trazem esclarecimentos

A propósito das explicações que o jornalista Ivan Schmidt, assessor de imprensa do secretário Claus Magno Germer, da Agricultura, enviou em relação à infeliz participação daquele secretário no programa "Compromisso com a verdade", recebemos interessante correspondência do sr. Eleutério Langowski, diretor adjunto da Associação Paranaense de Engenheiros Florestais. Pela importância dos esclarecimentos que a entidade presta, transcrevemos na integra sua correspondência. xxx "Sua análise sobre o debate "Compromisso com a Verdade", publicada no dia 24/6/84, mereceu um oficio especial da SEAG, cujo conteúdo foi comentado na edição de hoje (29/6) do jornal O ESTADO DO PARANÁ. Isto reflete certamente o peso político que V. S ª imprimiu naquela análise. Como somos partes envolvidas, achamos por bem tecer algumas considerações sobre" . As explicações do secretário Germer". A APEF jamais deu cunho político-partidario para suas reivindicações florestais, pois a natureza da atividade florestal transcende a mandatos políticos. Os objetivos a serem alcançados estão sempre no mínimo 20 anos à frente, ao contrário da atividade agropecuária, cujos resultados já aparecem no ano seguinte. Costumamos dizer que os engenheiros florestais já estão vivendo no século 21, porque uma árvore plantada agora será adulta no próximo século. Mas as ações devem começar agora. Desde 1968, com a realização do I Congresso Florestal Brasileiro, promovido pela FIEP e APEF, vimos lutando para a implantação de uma mentalidade florestal dentro da administração estadual, fato que pode ser fartamente provado. O que ocorreu é que sempre mantivemos uma posição moderada para o diálogo com as autoridades. No governo José Richa não foi diferente, apenas que nos últimos dois meses, após uma demonstração muito clara do "corporativismo" agronômico dentro da Secretaria da Agricultura, resolvemos tomar posições mais firmes em relação ao descaso e discriminação que não só os engenheiros florestais sofrem, mas todo o setor florestal do Estado. Ocorre que os detentores do poder, apressadamente, prometeram cargos a engenheiros florestais. Ora, esse não é o problema. Nossa proposta não é adotar o empreguismo. Queremos apenas o direito de participação, coisa que nos tem sido negada. Queremos que o governo aprenda que pensar de maneira florestal é diferente que pensar de maneira agrícola, por uma questão de duração do ciclo vegetativo. Ao contrário do que a nota da SEAG apregoa, não acreditamos que haja "regozijo" pelo fracasso da SEAG no setor florestal. O que há, realmente, é decepção. Segundo palavra do próprio governador José Richa, problema floresta' seria resolvido adotando-se um enfoque filosófico voltado para a solução desse problema. Queremos que isso realmente aconteça, mas já se passaram um ano e meio de sua gestão e a SEAG ainda acha que o tempo que passou é pouco. Não queremos que volte a acontecer promessas eleitorais para a próxima campanha eleitoral visando a solução desse problema. Queremos soluções efetivas, medidas urgentes, boa vontade por parte do governo para resolver o problema florestal. Tudo isso, já ! Quando à documentação farta e suas origens que despertou a curiosidade por parte do sr. Secretário da Agricultura e por parte de alguns funcionários do ITC, isto é uma demonstração de capacidade política; e sobre o relatório do IBDF sobre o REPEMIR, o que ocorreu não foi nenhuma novidade".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
04/07/1984

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