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Aramis

Genealogia paranaense

Uma das obras mais raras na bibliografia paranista é a "Genealogia Paranaense", que o historiador Francisco Negrão (13 de agosto de 1871-11 de setembro de 1937)publicou ao longo de 18 anos, em cinco volumes, aos quais, posteriormente, foram acrescidos mais dois, com os índices organizados, cuidadosamente, por Salvador de Moya. Embora o estudo da genealogia não tenha tradição no Brasil, pelas próprias características de miscegenação de raça - o que, no Paraná é ainda mais intenso, havia visto a corrente migratória dos últimos 150 anos, não deixa de se constituir um ponto de referência o levantamento das origens das principais famílias do Estado, estabelecendo as respectivas "'árvores". Quando transcorre o 39 º aniversário da morte de Negrão, aqui fica a sugestão às entidades culturais do Estado: que tal promover a reedição desta obra, atualizando-a se possível. Enquanto o poder público nada faz em termos de estímulo de estudo à genealogia, algumas famílias vão, por conta própria, empreendendo suas pesquisas. Regina de Sá Cardoso, funcionária pública aposentada, aproveitando suas horas de folga - e entre as muitas viagens internacionais, sempre ao lado de sua irmã, a jornalista Rosy (acabam de retornar da Austrália e já planejam um novo "tour"), completou a genealogia da família Machado da Luz. O tronco inicial é o patriarca Francisco Machado da Luz (1841 - 1913), que teve 13 filhos, o primeiro dos quais o Dr. Reinaldo Machado (1868 - 1929). Em seu paciente trabalho, Regina conseguiu arrolar 423 nomes e 591 datas. A maioria da família vive nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, mas há um primo que serve na Embaixada do Brasil na Iugoslávia. Entre os ancestrais de Machado da Luz, aparece Manoel dos Lemos Conde, falecido em 1691, que foi provedor das minas de Paranaguá e que estava com Ébano Pereira quando este veio pela primeira vez a Curitiba. O mais novo integrante da família é o pintor Franco Giglio, 40 anos, que no ano passado casou com Roseli Almeida, como Regina de Sá Cardoso, bisneta de Francisco Machado da Luz . Nascido em Dolce Acqua, uma encantadora aldeia na Liguria, Itália, Franco residiu em Curitiba entre 1958/75, trabalhando como muralista, desenhista e pintor. Voltou à sua terra natal, na Riviera Dei Fiori, há um ano e neste período já completou 35 quadros, tendo feito recentemente uma exposição em Mônaco. Que fica a 30 minutos de carro de Dolce Acqua.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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12/09/1976

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