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Dia 1º de janeiro o publicitário Victo Johnson fez questão de abrir em sua fabulosa adega, vários litros de Royal Salute: não comemorava só a chegada de 74, mas também seus 18 anos de profissional autônomo, atingindo a maioridade com o faturamento mais alto que um publicitário já alcançou no Paraná - rende média de Cr$ 50 mil e um esquema de trabalho que lhe garante 15 dos grandes clientes do Estado. Paranaense de Colombo, 43 anos, Victo Johnson começou a trabalhar aos 10 anos de idade, num serviço de alto falante na antiga estação de bondes na Praça Tiradentes, explorado por João Carlos Aguiar - hoje feliz proprietário da Rádio Cultura. Posteriormente, passou para o Serviço de Alto-Falante Paraná e então já era animador de festas de igreja. Com a inauguração da Rádio Cultura, começou a trabalhar como locutor e produtor e pouco depois já apresentava vários programas - "Hora Ucraniana", "PTB em Marcha", "Revista Matinal" - não só na Cultura mas também na PRB-2. Ativo corretor de anúncios, em 1955, decidiu dedicar-se apenas à propaganda - abandonando uma lucrativa representação farmacêutica - e instalou sua agência em uma sala na Cultura, onde permaneceria ainda algum tempo. Criticado por muitos em termos de criatividade publicitária, a verdade é que Victo Johnson comercializou um estilo de anúncios do "varejão" e tem números para provar seus pontos de vista, sendo memoráveis algumas campanhas que fez. Hoje, mantendo há 18 anos algumas contas - Três Joli, Laboratório Catarinense, Icepe Móveis e Decorações -, com uma equipe de 4 pessoas (e tendo um faturamento em 73 de Cr$ 1.720.855,00), Victo Johnson diz orgulhosamente que o segredo de seu sucesso "é muita transpiração e pouca imaginação" e, "a grande malandragem é ser honesto". Com um diploma de advogado desde 62, casado, 3 filhos, tendo como hobby a criação de pássaros, Victo confessa que não gosta de leitura, preferindo ouvir rádio e assistir televisão, "informando-me pela leitura dos jornais, já de madrugada". Nos últimos 2 anos, tem trabalhado mais ainda nos fins de semana: é sócio de Marcelo Lorenzetti, no "Pinheirão Colônia", o que fez ainda crescer mais a sua já robusta conta bancária.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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09/01/1974

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