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Aramis

É graças a Araken que Anderson irá ao Rio

O jornalista Arakén Távora passou três dias em Curitiba na semana passada, realizando um documentário, em video-tape, sobre o pintor Alfredo Anderson (Kristiansand, Noruega - 1860 - Curitiba, 1935), filmou um longo depoimento do escritor Walfrido Pilotto, amigo e contemporâneo do pintor norueguês, a quem dedicou, há 25 anos, o livro "O acontecimento Anderson". No Parque do Barigüi, enquanto ia fazendo um belíssima paissagem com sus temática favorita - os pinheiros - o pintor Theodoro de Bonna falou sobre Andersen que foi seu mestre. Finalmente, com a professora Adalice Araújo, a respeitada e independente crítica de artes plásticas, foi gravado um didático depoimento. Mais de 50 telas, entre óleos e desenhos do chamado pai da pintura paranaense, entre o acervo do Museu Alfredo Anderson e de particulares, foram registradas pelas câmeras de Roberto Beckert e Rogério Merins, enquanto Nelito de Oliveira operava o áudio. Os três são componentes da equipe da TV-Educativa, do Rio de Janeiro, que colabora nessa realização. xxx Dia 28 de agosto próximo, na Sala Bernardelli, principal espaço do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, quando for inaugurada a grande exposição sobre Anderson e o Paraná, de certo o governador José Richa - presente ao evento - receberá muitos comprimentos. Mas o importante a registrar agora é que esse evento dos mais significativos se deve a uma pessoa, justamente Araken Távora, amigo pessoal de Richa há mais de 20 anos. Foi Araken que, como assessor do pintor Alcidio Mafra , diretor do MNBA, conseguiu abrir um generoso espaço - entre dias 28 de agosto e 23 de setembro - no disputado calendário da Sala Bernardelli, que tem agenda preenchida até meados de 1985. Foi Araken quem idealizou e está realizando um video-tape documentando as obras de Anderson, com depoimentos de Adalice, Walfrido e Theodoro de Bonna. Foi ele, também, quem cuidou da diagramação do catálogo da exposição, que dentro dos padrões que norteiam as edições do MNBA, constituir-se-á em verdadeiro documento iconográfico para divulgar um artista da maior importância na história do Paraná, mas até hoje praticamente desconhecido, em termos nacionais. Então não é a primeira vez nem será a última que Araken, idealisticamente, se preocupa em divulgar os valores do Paraná. No ano passado, já havia levado, naquela mesma sala, uma grande exposição de Theodoro de Bonna, 80 anos - que obteve a maior repercussão, graças, especialmente, ao bom trânsito que Araken tem junto aos mais importantes veículos nacionais. A exposição de Alfredo Anderson deverá alcançar, assim, grande repercussão, graças, principalmente, ao relacionamento e prestígio de Araken, o status do Museu Nacional de Belas Artes e os cuidados que está tomando para com a mostra, evitando que a inexperiência e improvisação dos tecnocratas (?) locais ponham em risco esta exposição. Para tanto, vem ele acompanhando diretamente os vários estágios da montagem da exposição, realizando o documentário e já cuidando de sua promoção no Rio de Janeiro. xxx O Museu Alfredo Anderson funcionando no velho casarão em que morou o artista, na Rua Mateus Leme, é uma das mais pobres unidades culturais do Paraná. Basta dizer que seu orçamento anual é de Cr$ 6 milhões - insuficiente para qualquer promoção de envergadura. Assim, graças a Araken e á boa vontade da direção do Museu Nacional de Belas Artes é que os trabalhos do pai da pintura paranaense serão conhecidos a nível nacional. E o documentário em video-tape que está sendo realizado - patrocinado pelo Banco de Desenvolvimento do Paraná - ficará como um registro precioso da obra do grande artista, além de ter divulgação em todas as televisões educativas do País. LEGENDA FOTO - Araken leva exposição de Andersen ao rio.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
18/07/1984

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