Guitarristas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de setembro de 1983
04/09/83 pg. 26
Para quem curte a guitarra elétrica, o som de muitos decibéis e o rock, a recomendação é esta: "Ah? Robertinho do Mundo?" com Robertinho do Recife (Ariola, junho/83). Mais um nordestino bem sucedido, que no início pelas mãos de Fagner conseguiu andar sozinho, Robertinho de Recife demonstra neste disco sua habilidade instrumental e dose de inventividade, ao ponto de encerrar o lado 1 com um arranjo da "Bachiana no 5", de Villa Lobos, em ritmo de chorinho , juntando 4 cellos, baixo, bateria e até um pandeiro.
Abrindo com um rock muito pessoal, parceria com Fausto Nilo ("Do Jeito Que Eu Sou"), explorando o humor em "Rock da Guitarra Quebrada" - na qual conta a estória de um roqueiro que tem sua guitarra quebrada na cabeça pela esposa furiosa, em três partes de "Crioulos de Trindad", Robertinho referencia o Caribe. A busca de aproximação com o público infantil o levou a compor "Capitão Copacabana" (parceria com Ronaldo Pinheiro/Papa Kid), inventando novo super-herói de HQs. "Laser ou Blues" é um blues, que a roqueira Márcia Prates entendeu corno "oriental, algo de Charles Mingus". Com Cactano Veloso é "Baby Doll de Nylon", enquanto cm "Vou-me Embora" a parceira é sua esposa (e guitarrista) Emilinha.
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