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Aramis

"Havana" e comédias entre as opções

Além da retrospectiva Peter Lilienthal e "Cidadão Kane", a semana tem três novas atrações: "Havana", de Sidney Pollack (Condor); de Alan Alda (Itália) e Os Deuses Devem Estar Loucos II" de Jamie Uys (São João). Havana, uma superprodução com o roteiro de Judith Rascoe, tentando passar para a capital cubana nos últimos dias da ditadura de Batista, em 1959, o clima de intrigas políticas & amores complicados da "Casablanca" (1943) do clássico de Michael Curtiz, decepcionou parte da crítica e teve renda abaixo do esperado. Isto, entretanto, não invalida o interesse deste novo filme dirigido pelo competente Sidney Pollack, que trabalhando com seus astro favorito, Robert Redford, escolheu a européia Lena Olin ao invés da brasileira Sônia Braga para a personagem Bobby Duran, Alain Arkin, Tomas Milan e Betsy Blantey são outros nomes do elenco nesta produção cuja trilha sonora de Dave Grusin (com Caymmi cantando o tema final) ganhou indicação ao "Oscar" na categoria. Alan Alda, bom ator e cineasta que aprecia comédia de costumes, flagra mais um aspecto do americano way of life - a festa de casamento - (tema anteriormente visitado por Paddy Chayefsky e Robert Altman, entre outros) em "O Casamento de Betsy" (Cine Itália). Com o próprio Alda, mais o veterano Joey Bishop, Madeleine Kahn, Anthony La Paglia e Joe Pesce, uma comédia que pode surpreender - merecendo atenção. Sem a sutileza de Alda em termos de comédia - mas com uma breguice assumida - o australiano Jamie Uys ficou com a Keystoniana "Os Deuses Devem Estar Loucos", filme que há alguns anos inaugurou o cine Palace Itália. Agora, no São João, estréia a segunda parte desta comédia gozando aborígines australianos e atrapalhados europeus, com muitas confusões em seqüências externas. No elenco, basicamente os mesmos e desconhecidos intérpretes da fita anterior. xxx No mais, continuam os filmes em cartaz há semanas, a maioria com boa bilheteria. No Plaza, amanhã, à meia-noite, uma pré-estréia muito especial: "O Silêncio dos Inocentes", atual sensação em exibição nos Estados Unidos e Paris, cujo lançamento normal será antecedido de várias pré-estréias (hoje, inclusive, apenas para jornalistas).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Cinema
03/05/1991

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