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Aramis

História, o único bom destaque de nossa UFP

A professora Cecília Maria Westphalen tem toda razão de exibir o seu maior sorriso Colgate. Afinal, graças à competência do curso de pós-graduação em História a Universidade Federal do Paraná ganhou uma única citação entre os 150 melhores brasileiros. Se não fosse a distinção conquistada pelo curso que a professora Cecília implantou há mais de 15 anos - e há muito tempo considerado um centro de excelência de ensino - a UFP não teria uma única referência de destaque neste quadro. Aliás, a situação da Universidade Federal do Paraná, no 6º Ranking Playboy das Melhores Faculdades do Brasil (revista "Playboy" nº 140, março/1987), caiu ainda mais do que nos levantamentos nos anos anteriores. O que, significaria dizer que o ensino superior no Paraná está piorando cada vez mais. xxx Entre 270 cursos de graduação superior pesquisados pela equipe da revista "Playboy" para estabelecer o ranking de avaliação das melhores faculdades do País, a nossa septuagenária UFP - que se orgulha de ser a mais antiga do Brasil - obteve apenas quatro referências. Ou seja: 8º lugar em Sociologia, 8º lugar em Direito, 10º lugar em Medicina e 4º lugar na graduação em História. Mais triste é a situação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná totalmente ignorada nos quadros deste levantamento. A Universidade Estadual de Londrina obteve apenas uma indicação: o oitavo lugar em Educação Física, enquanto que a Universidade Estadual de Maringá teve também uma citação: 6º lugar entre os dez melhores cursos de Engenharia Química. Convenhamos que é uma presença tímida para o ensino universitário do Paraná. Só comparando, a Universidade Federal de Santa Catarina, obteve nada menos que sete indicações: três dos quais em cursos de pós-graduação: Direito (segundo lugar, abaixo apenas da USP), Engenharia Mecânica (também segundo lugar, abaixo da Unicamp) e o terceiro lugar em Engenharia Elétrica (abaixo da UFRio de Janeiro e da Unicamp). Antes que os mestres e diretores de nossas escolas superiores protestem contra o fato de uma revista aparentemente dedicada a assuntos eróticos e de lazer se atreva a julgar o ensino superior no Brasil, é bom lembrar que num trabalho de mais de seis meses, "Playboy" - com o apoio da Dismac - pesquisou diferentes fontes e indicadores que permitissem listar os melhores cursos de graduação e de pós. A revista enviou 6.500 questionários a professores de todo o Brasil, mapeando proporcionalmente as diversas regiões. Analisou relatórios e conclusões de institutos financiadores de pesquisa, como a Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que desde 1977 vem fazendo anualmente a avaliação de todos os cursos de pós-graduação do País. Seus repórteres entrevistaram também diretores de recursos humanos de empresas de porte como Vilares, Saab, Scania, São Paulo Alpargatas, Rhodia e Sanbra, entre outras, para saber de que escolas, na opinião deles, estão saindo no momento os melhores profissionais.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
17
18/03/1987

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