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Aramis

Morozowicz, a música nos EUA e no Brasil

O pianista e compositor Henrique Morozowicz encontra-se há quase dois anos em Nova Iorque, fazendo o curso de doutorado em composição. Atualmente na Yttaca University, Henrique teve uma agradável surpresa há algumas semanas: interessado em pesquisar certas obras na ultramoderna biblioteca da Universidade teve que fazer um minicurso para poder empreender os estudos necessário e qual não foi sua surpresa ao se deparar com uma pasta com o seu nome, onde constava além de sua biografia, também a relação completa de suas obras, indicações técnicas etc. Se alguém for a Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde Henrique é professor há mais de 15 anos e procurar por dados a seu respeito, possivelmente nada encontrara. Em Yttaca University, entretanto, há todo um referencial a seu respeito. Xxx Há 3 semanas, recebendo a visita de seu primo, o arquiteto Lubomir Ficinski, Henrique Morozowicz confessou que as dificuldades enfrentadas afinal com o dólar subindo a cada mês a vida dos bolsistas torna-se apertadíssima é compensada pela possibilidade de desenvolver estudos e projetos que, no Brasil, jamais teria condições de realizar. Estudando e trabalhando dentro da universidade, Henrique tem composto para conjuntos de cordas e sopro, orquestras e muitos trabalhos solos. Já com muitas obras editadas com o nome artístico de "Henrique de Curitiba", quando Morozowicz voltar ao Brasil, terá uma obra imensa que, se espera, tenha aqui a acolhida que merece. Xxx Enquanto Milena Morozowicz, que mantém a tradição do pai, Thadeo, 80 anos, fundador do primeiro bale do Sul do Brasil, em 1927 está no Rio, tratando de detalhes para reestruturar a academia, o irmão mais novo, Norton tem neste final de ano uma intensa agenda de compromissos. Primeiro flautista da Sinfônica Brasileira, Norton começou novembro fazendo concertos em duo com o violonista Sérgio Abreu em Ouro Preto, no IBAM, no Rio de Janeiro e no dia 10 tocou com o Quarteto Municipal em São Paulo que este ano só fez apresentações com dois artistas convidados: o pianista Jacques Klein e Norton. Quinta-feira, tocou na sala Cecília Meireles, com o pianista Homero Magalhães, num recital de grande importância, pois executou a sonata de César Franck, escrita originalmente para violino e, pela primeira vez em versão com flauta. Amanhã, 15, Norton e Sérgio Abreu apresentam-se em Petropolis e dia 17 na série da Funarte, no Jockey Clube. De 25 a 29, o duo integra-se ao projeto Padre José Maurício, fazendo concertos em Porto Alegre, Pelotas e Passo Fundo. Como se vê, poucos recitalistas cumprem um programa tão grande quanto o de Norton, que, ainda encontra tempo, em suas passagens por Curitiba, para mostrar habilidades jazzisticas - não só na flauta mas, especialmente, no piano e contrabaixo aliás, um de seus instrumentos favoritos. LEGENDA FOTO 1 - Norton: muitos concertos.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
9
15/11/1980

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