A morte de Reutter, esquecido no Brasil
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de março de 1985
Passou desapercebida, na imprensa brasileira, a morte de um dos mais respeitados compositores alemães de música erudita, Hermann Reutter, falecido a 1º de janeiro último. Completaria o 85º aniversário a 17 de junho e a Schott's, editora da qual foi contratado por mais de 60 anos, já tinha até editado um catálogo comemorativo dessa efeméride.
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Gunther Scott, diretor da Musas, que representa a Schott na América do Sul, lembra que Hermann Reutter nasceu na época em que estreavam a ópera "Tosca", de Puccini, e a 4ª Sinfonia, de Gustav Mahler. Viveu quase exclusivamente no Sul da Alemanha e deixou uma extensa obra, aproximadamente 200 "Lieder" (canções), várias óperas, peças para piano, música de câmara e música instrumental. Sua obra lírica teve divulgação através de grandes cantores, como Dietrich Fischer-Dieskau (cujos elepês a Polygram/Deutsche Grammophon tem lançado no Brasil), Sigrid Onegin, Elizabeth Schwarzkopf e Nicolai Gedda.
Nos anos 20, Reutter integrava a ala mais renovadora da música alemã. Entretanto, como sempre viveu no Sul da Alemanha, dedicado ao seu trabalho, em vários países (inclusive o Brasil) não é nome conhecido. Gunther Schott coloca à disposição dos interessados as partituras das obras completas de Hermann Reutter.
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