Musicais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de outubro de 1975
Pedrinho Mattar, um dos bons pianistas brasileiros, exclusivo do Hyppopatamus - a mais sofisticada (e cara) boate paulista desde a sua inauguração - aproveitou a folga de segunda-feira e veio rever parentes em Curitiba. Afastado da fonografia há 4 anos, Pedrinho rompeu com a Copacabana, por onde fez vários discos, e agora está preparando seu primeiro [elepê] na Som Livre/Sigla e para 1976 pretende voltar a excursionar pelo Brasil.
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Hoje quem chega na cidade é o guitarrista [Sérgio] Hingst, líder do grupo "O Terço", que vem promover o novo [elepê] ("Criaturas da Noite", Copacabana) e acertar uma temporada no Paiol. O disco do Terço, na melhor linha Pink Floyd, está sendo considerado o melhor lp pop de 1975.
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O poeta concretista Paulo Leminski, redator da PAZ, é quem está fazendo o texto para o terceiro espetáculo do MAPA. Aliás, não é por falta de gente que o movimento artístico Paiol vai parar: a Fundação Cultural já contratou três assessores especialmente para este setor de atividades.
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Musicalmente, quem está orientando agora o MAPA é o talentoso Marinho, cujo último trabalho foi a trilha musical para a peça infantil "A Viagem de um Barquinho" de Silvia Orthof (auditório Salvador de Ferrante, nos fins de semana).
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Uma (boa) inovação dos advogados Rubens Hartental e José Ivo Deckhauser, proprietários da "La Cave", a mais sofisticada casa de vinhos e queijos da cidade: a música oferecida aos frequentadores é do mais alto nível, incluindo os grandes sucessos de Billie Holiday (1915-1959).
LEGENDA FOTO 1 - Marinho
LEGENDA FOTO 2 - Mattar
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