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Natinho e os esquecidos músicos de nossa noite

Natinho ( Anatolio Novaes da Silva), 46anos, cantor e líder da classe musical, dessistiu de disputar a presidência futuro Sindicato dos Músicos Proficionais do Paraná. Vai, entretanto, engrossar as fileiras da oposição ao Mestre José Bento Lcerda, o todo poderoso presidente da regional do Paraná da Ordem dos Músicos e que, astutamente, pretende dominar o Sindicato. Na briga-de-foice do meio musical, Natinho é, há anos, dos mais indóces e nas últimas eleições da OAB-PR foi um entraves nas pretenções de muitos candididatos. Agora, dentro de progetos maiores, Natinho quer disputar uma vaga na Câmera de Critiba, "pois é onde poderei fazer mais pelos meus companheiros", garante. Natintiho foi inspirador do deputado Tadeu França no progeto-de-lei 8119, já aprovado, que obriga un percentual de 60% de artista paranaences em qualquer evento que o governo participe. "Como este progeto, eu muitas idéias para desenvolver"garante Natinho, preocupado com a falta de apoio aos proficionais da músicas. xxx Há duas semanas, totalmente abandonado, morreu, aos 48 anos, o cantor Arildo Fernandes, bonita voz que por mais de duas décadas espalhou na nossa noite. Vítima de canser, sem recursos, Arildo morreu pobre e esquecido. Também vivendo dias dificeis, o veterano cantor Célio Venturini, 68 anos,casado, que mantém numerosa família e, paralítico, vive praticamente da ajuda de algumascolegas neste seu final de vida. Cantor proficional por mais de 40 anos, Célio não pode, entretanto, provar seu tempo de serviço junto ao INPS e passa, assim, por imensas dificuldades. Dois exemplos que Natinho lembra para mostrar o quanto os músicos necessitam de uma politica realmente eficiente que não chegue a situações semelhante ao final de suas carreiras. xxx Há alguns meses, sem qualquer registro, faleceu um dos grandes violonistas do Paraná: Gedeão de Souza, 73 anos. Um dos raros executantes de violão sete cordas, o bom Gedeão sofria já há tempos de problemas de saúde, agravado com um acidente que o impedia de se locomover. Merece, ma homenagem póstuma pelo muito que fez por nossa música, integrando vários regionais dos anos 40 a 70, sempre com maestria em seu instrumento.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
26/12/1985

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