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Aramis

Nenhuma novidade na casa dos "imortais"

Eleições sempre geram um clima de discussão, de especulação em torno de nomes de possíveis candidatos, divergências, revelações inusitadas, promessas. Aparecimento de rosto até então desconhecidos, amigos, opositores, e muitos outros fatores que as caracterizam. O ponto alto das eleições, sem dúvida, é a participação que é praticamente exigida de todos, já que os interessados vêm-se obrigando a pensar sobre os que partem e a buscar mais elementos que dêem pista sobre quem entrará. As recentes eleições realizadas no Coritiba demonstraram tudo isso. Mas nem todos participam de eleições. É só ver o caso da Academia Brasileira de Letras, que na próxima quinta-feira reelegerá para sua presidência Austragesílo Athayde, que será reconduzido ao cargo pela vigésima vez, o que não é nenhuma novidade. Das duas uma: ou o Austragesílo é um excelente presidente, ou a casa não cumpriu o seu papel, o de realmente representar a literatura nacional, para merecer participação em suas eleições. Quem sabe o poeta Drummond, na sua recusa em ser "enquadrado" na Academia, tenha razão de não gostar de reuniões com chá e torradas. A única verdade disso tudo é que os "mortais" não têm demonstrado interesse em promover ou mesmo participar de eleições. ____________________________________________________________ A VASP acaba de vender para a empresa aérea norte-americana Atlas Aircraft Company", a última aeronave a pistão de sua frota, um DC-6 que operou de 1962 a 1974, transportando passageiros e cargas, e que estava desatacada desde então. O contrato de venda foi assinado na semana passada em Miami, prevendo, além da entrega do avião em condições de vôo, o envio de todo material de reposição Dc-6 de que a VASP dispõe, inclusive ferramentas e instrumental de oficina, específicos para aquela aeronave. O translado do avião será no final de janeiro, por tripulantes da própria VASP, após completados os trabalhos de revisão e inspeção dos componentes, acessórios e sistemas, além de pintura interna, que já estão sendo realizadas pelas oficinas da VASP. Somente após a entrega, em Miami, é que o DC-6 receberá a pintura externa, com a marca da Atlas. Até o ano passado, além dos jatos, a VASP mantinha em sua frota quatro "DC-6" e dois "Samurai" de fabricação japonesa. Mas este ano, foram vendidos dois DC-6 para a Bolívia e outro foi doado a um museu aeronáutico. Os dois "Samurai" também foram vendidos e voltaram ao Japão em outubro deste ano. Os DC-6 da Vasp começaram a voar no Brasil em 1958, quando foram adquiridos pelo então Loyd Brasileiro e arrendados à Panair, para operar as rotas da Europa. Oriente Médio e América do Sul. Ainda com a Panair, esses aviões inauguraram o "Vôo da Amizade", em 1960, interligando o Brasil, com Portugal. Com a incorporação do Loyd pela VASP, os "DC-6" passam a operar as rotas domésticas, durante oito anos, para essa empresa. De 70 a 74 voaram como cargueiro, os primeiros utilizados pela Vasp nessa tarefa. Com a necessidade de padronização e modernização da frota, a Vasp adquiriu em 1974 dois cargueiros "Boeing 737", desativando finalmente os "DC-6".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
20/12/1977

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