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Aramis

No campo de batalha

Até para a Turquia os tecnocratas do Estado conseguem viagens: o engenheiro civil Enéas Souza Machado, da Surehma, participou em Ankara de um curso de tecnologia de transporte de sedimentos. xxx Já o Sr. Ronaldo Lopes Gracia, coordenador de Relações do Trabalho, esteve na bela cidade de Genebra, Suíça, assistindo a 75ª Conferência Internacional do Trabalho. xxx A professora Alba Shioco Hino, continuará por mais um ano em Hiroshima: o governador Álvaro Dias autorizou sua permanência naquela cidade, onde freqüenta um curso de "aperfeiçoamento profissional para professores". xxx Mais modesto é o professor Adauto Domingues: vai ficar até o dia 31 de dezembro de 1989 em Ribeirão Preto, fazendo seu curso de pós-graduação em Educação Física. xxx Também é grande o número de funcionários do Estado que são, generosamente, colocados à disposição de outras unidades: para Mato Grosso, foram as professoras Pascoalina Aparecida Mereti de Mendonça e Maria do Carmo Defácio Orosco; já o professor Waldir Muza Duarte preferiu ir para a nova fronteira agrícola do país: até o final do ano estará à disposição do governo da Rondônia. E mesmo um Estado rico como São Paulo não dispensa a ajuda de nossos mestres: a professora Júlia Mitie Kiyoku foi trabalhar em São Paulo, "com ônus para o órgão de origem" - ou seja, a Secretaria de Educação do Paraná. xxx O Departamento de Estradas de Rodagem tem agora um engenheiro a menos em sua equipe, mas a Assembléia ganhou a presença do técnico rodoviário: Roberto Ghidini Júnior foi colocado à disposição do poder legislativo. xxx Um romance que começava a ser assunto de discussão na comunidade israelita e pode escalar as listas dos mais vendidos: "O último dos justos" de André Schwartz-Bart (José Olympio Editora, 346 páginas). O autor, 60 anos, francês de Metz, foi integrante da Resistência e com este romance - no qual parte de lendas e mitos do judaísmo - recebeu o prêmio Concourt em 1959. xxx O júri do XVI Fercapo foi presidido pela pianista, compositora e arranjadora Silvia Goés, de São Paulo, que fez várias trilhas sonoras para filmes com a Turma da Mônica. xxx Integraram o júri, os jornalistas Zuza Homem de Mello (ex-Jovem Pan), Edilsom Leal ("Folha de Londrina), Juarez Fonseca ("Zero Hora"); instrumentistas Arismar do Espírito Santo, Heraldo do Monte, Sebatião Tapajós; compositores Cau Pimentel, Edi Ribeiro Lima (de São Paulo) e Carlos Roberto Guedes (de Cascavel); Jair Fontanella, diretor da Fundação Cultural de Quedas do Iguaçu; produtores e animadores culturais, Pelão (João Carlos Botezeli) e César Fonseca; colecionador e pesquisador Paulo Afonso Sciarra de Cascavel. xxx Entusiasmado com a boa organização e continuidade do Fercapo, o secretário Renê Dotti, da cultura, anunciou a criação de uma Divisão de Música Popular e reafirmou sugestão que fizemos: que nos festivais de música popular sejam realizados eventos paralelos, capazes de dar maior solidez a este tipo de eventos. xxx A idéia da Divisão de Música Popular é excelente, mas subordiná-la - como pretende Renê - a amorfa Sala Bento Mossurunga, oficialmente encarregada da área de música erudita, pode comprometer sua agilização. Outro risco: atualmente há duas coordenadorias com projetos na área musical funcionando dentro da Secretaria. Obviamente, que tem que existir uma reestruturação para se evitar despesas inúteis e paralelismos de atividades. De qualquer forma, é ótimo que, pela primeira vez, se pense, seriamente, em tratar a música popular com maior dignidade no Paraná. xxx A competição qualitativa foi tão elevada, com a presença de compositores de vários estados, que vencedores de edições anteriores como João Carlos Dornelles e Sidnei Massuti, de Clevelândia (concorriam com "Tambores de Guerra") e os curitibanos Gerson Bientinez e Gerson Fisbein ("Voz Encantada"), não foram incluídas entre as finalistas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
05/08/1988

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