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Aramis

No campo de batalha

A professora Yvelise Szaniawski, da Universidade Federal do Paraná, faltará sobre o Teatro Francês no Século XX, amanhã, às 20 horas, no auditório da Biblioteca Pública. Professora de francês há muitos anos, Yvelise tem também participado de alguns projetos cinematográficos, inclusive de um curta-metragem, em super 8mm, realizado põe seu marido, o advogado Elimar Szaniawski, que chegou até a ser premiado internacionalmente. *** Quem deverá vir a Curitiba em breve é Paulo Fucs, considerado um dos maiores estrategistas em cinema e que assumiu a direção geral das operações brasileiras da Cinema Internacional Corporation, multinacional empresa que agrupa, fora dos Estados Unidos e Canadá, os interesses da Universal, MGM, Disney Productions, entre outras poderosas empresas. Fucs assumiu ontem suas novas funções, sendo seu antecessor, Gualberto Banã, transferido para outro país, enquanto William Moraskie, antigo supervisor para a América Latina da CIC reingressará na companhia, como assistente do presidente, Pano Alafonzo. Há 2 anos, Moraskie havia deixado a CIC para se unir a Dino de Laurentis como diretor de vendas mundial. *** O "Sibemol", uma casa de boa música que Luís Reis, baixista e hábil executante de harmônica inaugurou há mais de 2 anos na Alameda Cabral, tem agora novo proprietário: Ailton Alampoia. Falando em vida musical, o Pelourinho, na Rua Visconde de Nácar, está com um público tão fiel que seus proprietários, Pedroso & Jung, foram praticamente compelidos a funcionar também aos domingos. Sempre com a melhor música. *** A Federação dos Cineclubes dos Estados do Rio de Janeiro está editando um interessante jornal em formato tablóide: "Ganga Bruta". O número de janeiro/fevereiro, a venda na Sala Arnaldo Fontana do Museu Viaro, (Cr$ 10,00) trás uma polêmica entrevista de Glauber Rocha, defendendo a Embrafilmes. Na semana passada, reuniram-se em volta de uma mesa no restaurante Zacarias três influentes líderes emedebistas: o deputado federal Maurício Fruet, o ex-deputado Êneas Faria e Sílvio Sebastiane, presidente do diretório municipal e estadual do partido oposicionista. *** Ao mesmo tempo que a Funarte está lançando mais quatro volumes dedicados à MPB - incluindo um sobre Ary Barroso, do jornalista Mário de Moraes, as reedições de "Samba" de Orestes Barbosa e "Chiquinha Gonzaga" de Mariza Lyra, a Francisco Alves, que já havia reeditado "No Tempo de Noel Rosa", de Almirante, coloca a terceira edição - atualizada e ampliada - do fundamental "O Carnaval Carioca Através da Música" (638 páginas, Cr$ 140,00). É, antes de tudo, um livro de paixão e devoção do Carnaval, escrito com o fôlego de quem foi rebuscar, em fontes as mais esparsas e aparentemente desconexas, os testemunhos e documentos que caracterizam a história do Carnaval. A primeira edição da obra saíram 1965 e há muito se fazia necessária sua reedição. *** Amanhã à noite, na Casa Romário Martins, a Beija-Flor Promove lançamento de seis novos livros: "Os Amigos da Noite" de Fernando Nogueira, 1971"" de Reinoldo Atem, "Você Já Viu Uma Flor?" de Eusébio Maestri, "A Cidade de Alfredo Souza" de José Angeli, "Semeadura" de Wernwe Zot e "Pra Mim Chega" de Rettamozo, Solda, Dante, Miran, Douglas e Tiago (cartuns).***E já que hoje falamos bastante em livros, registra-se mais um elogio que o londrinense Domingos Pellegrini Jr. Recebeu pelo seu novo livro, "As Sete Pragas"(Civilização Brasileira, 1979, 205 páginas, Cr$ 130,00). Sábado suplemento "Livro" do Brasil", o professor de literatura brasileira na Universidade Federal Fluminense, escreveu os contos e novelas reunidos por Pellegrini nesta sua nova obra "estão ligados entre si pela postura jornalística assumida pelo autor, numa técnica semelhante à dos escritores realistas-naturalistas do século passado. Pellegrini Jr. Faz um inventário de destinos comuns e anti-heróicos. Seus personagens são extremamente simples, conduzido por narradores quase impessoais que se limitam a reproduzir fatos acontecidos no dia-a-dia de qualquer cidade. São esboços que procuram demonstrar a falência da vida conjugal, a arbitrariedade de dois policiais diante de um homem do povo, o determinismo a que estão condenadas as mocinhas ingênuas e pobres". ***Além do apito do trem, que tradicionalmente intervêm no meio dos espetáculos no Paiol - quando a composição ferroviária passa defronte aquele prédio - no concerto de sábado do violinista Turíbio Santos havia também irritantes latidos de dois enormes cães vigias da Eletrodínamo, vizinha do Paiol. E os latidos foram mais intensos quando Turíbio solava uma dificílima peça de Bach, o que o fez, posteriormente, comentar: "Parece que estes cachorros não gostam do mestre John Sebastian". *** Totalmente demolido o edifício Carlos Monteiro - onde durante 24 anos funcionou o cine Arlequim e o prédio, vendidos no final de 1978 pelo comerciante Hussein Hamdar as Lojas Americanas por Cr$ 43.000,00, que indenizou ou ainda os inquilinos - provocando com isso o fechamento dos cines Opera e Arlequim. Agora já começou a se fazer as fundações na área defronte ao Largo Frederico Faria de Oliveira, entre os edifícios Tijucas e Brasilino de Araújo, para o prédio que complementará, em forma de "L", a superloja de departamento das Lojas Americanas. *** Depois de muito prós e contras o conhecido Elmo, "o garçom artista", proprietário do restaurante dançante Roda d` Água, em Santa Felicidade, inaugurou sua discoteca-avião, num formato cuja estética é das mais discutíveis - mas que está movimentando ainda mais as noites de Santa Felicidade. Bairro que hoje é realmente uma espécie de "Boca" portenha, com quase uma centena de restaurante, boites, discotecas, e até dois luxuosos hotéis de alta rotatividade, pertencente a conhecidos nomes da cidade.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
03/04/1979

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