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No Guaíra, a revisão dos melhores musicais

Quem curte o melhor musical, poderá assistir alguns clássicos deste gênero tão significativo a quem sabe apreciar a música e a dança Flores de Sá Brito, haverá uma mostra de cinco longas-metragens entre os melhores musicais produzidos em Hollywood, acompanhados de um curta-metragem - e enriquecido com palestras de dois sérios e respeitados estudiosos do cinema: o paulista Rubem Biáfora e o curitibano Estevão Rainer Von Harbach. *** Amostra abrirá com << Beleza em Revista >> (Footlight in Parade), 1933, de Lloyd Bacon (1890-1955), acompanhado de um documentário a respeito de Busy Berkeley (1895-1976), coreógrafo e diretor norte-americano que a partir de 1930, após um período na Broadway, deu uma das maiores contribuições aos anos de ouro do filme musical. No dia 11, teremos << Nas Águas da marujada >> (Follow The Fleet), 1939, de Mark Rex Sandrich (1900-1945). No dia 12, um filme muito especial: << Agora Seremos Felizes >> (Meet Me In St. Louis ), 1944, de Vicente Minelli, com Judy Garland (1922-1969), Margaret O`Brien, Mary Astor cantando clássicos como << Skip to My Lou >> e << The Trolley Song >> (Hugh Martin/Ralph Blane). Por último, dia 13, << Desfile de Páscoa >> (Eastern Parade, 1948), de Charles Walters, novamente com Judy Garland - ao lado de Fred Astaire e Peter Lawford ( que, anos depois, viria a fazer a política ao lado dos seus ex-cunhados John e Robert Kennedy). Na trilha sonora, músicas de Irving Berlin como << Everbody`s Doing It >>, M<< Snooky Ookuns >> e << Shaking the Blues Away >>. Um detalhe especial: o roteiro deste filme foi feito por Frances Goodrich, Albert Hackett (autores da história original) e Sidney Sheldon, este último hoje o bilionário autor de << O Outro Lado da Meia-Noite >> e << A Herdeira >>, ambos também sucessos no cinema. Promoção como este festival de musicais americanos e a próxima mostra de filmes brasileiros inéditos, que César Fonseca, diretor do Museu da Imagem e do Som, programou para agosto, no Cine Ribalta, são bastante significativos dentro do calendário de promoções na área cinematográfica da Secretaria da Cultura. *** Falando em Museu da Imagem e do Som, ontem, graças a amizade que Hélcio Milito dedica há muitos anos a este colunista e ao empenho de César Fonseca, concordou em gravar um sincero depoimento sobre sua carreira. Em pouco mais de um ano, inicialmente graças a Marchioro, e agora com a habilidade e competência de Fonseca, o MIS-PR não tão documentou todos os eventos culturais realizados no Paraná, como enriqueceu o seu acervo com acervo com cópias de depoimentos particulares, que, só mesmo em respeito ao sério projeto que ali vem sendo desenvolvido, dentro da orientação do secretário Luiz Roberto Soares, foram cedidos. Dificilmente, um outro museu da imagem e do som poderia encontrar pessoas tão afinadas com todos os setores culturais, prestigiadas e hoje já com reconhecimento nacional, do que a nossa instituição. Afinal, por quase 10 anos, o MIS era aquilo que se chamava de << museu da imaginação >>. Hoje, mesmo com instalação precária e uma equipe reduzida, apresenta uma nova realidade - e muito poderá fazer, desde que tenha condições de real trabalho - honesto, independente e sem antropofagia, que, no Paraná, costuma destruir todas tentativas sérias de se lutar pela memória - carente de fosfato e de pessoas capazes.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
29/06/1980

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