Norton, a [agência]
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1970
Ontem, durante almoço com grupo de publicitários, o advogado Ricardo Quadros Cravo, 27 anos, gerente regional da Norton Publicidade, fêz uma ampla explanação em tôrno das justificativas que a editôra da Revista Propaganda fêz para conceder àquela agência de propaganda o título de melhor agência do Brasil" em 1969. Em primeiro lugar a Norton apoiou-se em sólida organização, destacando-se nos últimos 365 dias pelo esfôrço que fêz para valorizar em pouco tempo uma tônica altamente criativa nos trabalhos de seus clientes. Mas, dizia Ricardo Cravo, houve muitos outros motivos para dar a sua agência o título de "melhor no ano". 1. A Norton estabeleceu a política de portas abertas, dando conhecimento a clientes e veículos da real posição da emprêsa, através de muitas informações que as firmas classificam como confidenciais. 2. A Norton inovou e renovou em 1969. A revista "Propaganda" informou que o prêmio só foi concedido após consulta a profissionais de diversas agências, anunciantes e veículos. Um grupo muito grande de pessoas deu à Norton Publicidade, dirigida por Geraldo Alonso, outros prêmios: Profissionais do Ano - Neil Ferreira, diretor de criação da Norton, foi escolhido porque, "com sua equipe, desenvolveu conjunto de campanhas das mais criativas, apoiado em um espírito de pesquisa e de investigações, abrindo novos caminhos e perspectivas para a nossa propaganda. Campanha Nacional - a do [cafezinho] (segunda fase), realizada para o IBC, conjuntamente com a Design Propaganda, Standard, JMM, MPM e Maulo Salles, que formam o Consórcio de Agências Brasileiras de Propaganda. Justificativa: "sendo pelo alto sentido na promoção do nosso principal produto, pela sua amplitude, pelo nível técnico e artístico da maioria de suas peças, como que por ter provado que o [Governo] pode divulgar os produtos nacionais sem fazer propaganda de pessoas ou de instituições, a Campanha do [Cafezinho] mereceu o primeiro prêmio da Campanha Nacional". As indicações atribuíram o prêmio por função principalmente dos anúncios, filmes e jingles publicados na segunda fase da campanha. Primeiro prêmio para campanha de rádio, tv, gravadoras: "Máscara Negra", para a General Electric. Justificativa: "A campanha de lançamento das televisões Máscara Negra para a GE foi considerada uma das melhores campanhas do ano. Conseguiu inovar em uma área altamente competitiva e difícil, e os anúncios de alta qualidade se traduziram em uma vitória na área de vendas. Primeiro prêmio para a venda de imóveis: a série de anúncios realizados para Clineu Rocha, campanha que "representa e consagração ao primeiro esfôrço de inovação que se fêz nos últimos anos na área de publicidade imobiliária do País". Prêmio especial para campanha de bebidas - o conhaque (Stock 84), para a Seargers & Stock do Brasil S/A. Prêmio especial para a campanha das lojas de varejo: "O Fantasma", para a Mesbla S. A. Citação especial do prêmio Italo Eboli: "Os Subversivos", anúncio da própria Norton. Citação especial para o melhor anúncio de jornal: "Dias das Mães", para Clineu Rocha.
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