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Aramis

Norton & o festival

Norton Morozowicz, primeiro flautista da Sinfônica Brasileira, conseguiu uma grande vitória em favor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, da qual é professor há dois anos, num esforço que a ex-diretor, Henriqueta Garcez Duarte, fez para atualizar o seu quadro de mestres: convenceu ao seu amigo o violinista Cussy de Almeida, diretor do Instituto Nacional da Música, a que a Funarte mantenha a ajuda para que os professores de outros Estados possam continuar a virem a Curitiba e orientar classe especiais. Devido ao corte de 40% nas verbas, o Instituto Nacional de Música também deixou de colaborar com este tipo de projetos, mas os argumentos de Norton foram válidos, pois graças a presença regular de músico / mestre como Kubala, Buzizio e ele próprio, já houve condições de se estruturar uma nova orquestra na cidade, que agora a regência de Norton, fez sua estréia na reinauguração do auditório Salvador de Ferrante, e há 4 semanas fez recitais em Joinville e Blumenau. Agora se a antropofagia curitibana for neutralizada é possível que este núcleo - somado aos melhores elementos da Camerata Antigua, da Fundação Cultural, possa formar a tão sonhada orquestra que a cidade está anos a exigir. No último sábado. Norton esteve em Londrina, estudando as condições para que ali se realize, em julho próximo um festival de música barroca, inicialmente programado para Antonina, mas que não dispõe, ainda, de condições para tal empreendimento - inclusive pela falta de um auditório, apesar da Paranatur estar interessadíssima em transformar a antiga estação ferroviária numa sala de espetáculos. O festival de música barroca é um dos eventos incluídos no "Projeto Acorde" , que está sendo desenvolvido pela Secretaria da Cultura e Desportos. Ainda sobre Norton: após a apresentação de domingo, da Filarmônica do México, um de seus 4 flautistas, polonês de nascimento, o procurou para lhe pedir que, esta semana, no Rio, ele lhe dê duas aulas particulares - já que muito a fama de nosso flautista já ultrapassou as fronteiras do Brasil. No próximo dia 27, no Municipal, a Sinfonia Brasileira terá como solista convidado o mundialmente famoso Jean-Pierre Rampal, que só não fará dueto de flauta com Norton, porque o maestro Issac Karabitcheveski, que havia planejado tal número, teve que viajar inesperadamente aos Estados Unidos e o programa foi alterado.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
19/06/1979

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