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Aramis

O celo de Rostropovich e o barítono Dietrich

Entre tantos artistas e intelectuais russos que abandonaram a URSS nos últimos anos, talves nenhum outro nome tenha causado maior repercussão ao decidir, há 10 anos, fugir da União Soviética : Lopoldovich Mstislav Rotropovich, 58 anos, acompanhado de sua esposa, a soprano Galina Vishnevskayaya, 59 anos. Dois anos depois, Rotropovich já era Sinfônia Nacional de Washington. Paralelamente à regência, Rotropovich não deixou de manter sua carreira com um dos virtuoso de violoncelo, através de tournés internacionais ( incluindo o Brasil, já por algumas vezes - mas infelizmente restringindo suas apresentações ao Rio e São Paulo) e especialmente, gravações. A sua já vasta discografia que a Polygram tem editada no Brasil, acrescenta-se agora o álbum gravado em 1983, para a Deutsch Grammophom, com duas sonatas para piano e violoncelo de Johanes Bhams ( 1833 - 1897 ), a em Mi Menor, opus 38 e a Fá Maior, opus 99, Rostropovich divide estas execuções com a pianista Rudolf Serkin, que conheceu há 25 anos - no Festival de Edinburgo, mas com quem só há 3 anos pode fazer a primeira gravação. Diz Rostropovich que há 8 anos, quando assumiu a regênia da Sinfônia de Washington, ali Serkin tocou o concerto nº 1 de Bethovem, como primeiro solista. "Admiro o seu estilo interpretivo, que aos 79 anos reestufou a fundo a dificilima parte pianistica da Sonata para violoncelo em fá maior; também eu toco um pouco de piano e sei que significa". Dietrich Fischer Dieskauna a atualidade um dos maiores barítonos do mundo. Tem mais de 200 gravações em sua agenda das mais ocupadas com compromissos internaconais.Aos appreciadores do bel canto, seus elepês tem saído com regularidade no Brasil, ainda recentemente a Polygram aqui aditou um álbum no qual acompanhado ao piano por Alfred Brendel Fischer - Dieskau interpreta os chamados " Schawanengesang ", de Franz Schubert ( 1797 -1828 ). O que hoje é chamado como " Schawanengesgang " ( D.957 ) de Shubert não foi conhecido por ele nem como ciclo este titulo. A reunião dos lieder ( canções ) e do titulo provém, de fato, do editor que depois da morte de Schubert, quis publicar seus últimos " Lieder " sob a forma de uma coleção. O título " Schwanegasang " ( canto do Sisne ) não se entende como o título de um ciclo de lieder mas com denominação que serve para resumir as "últimas eclosões de sua nobre força criadora ". Trata-se destas poesias sonoras que ele escreveu ( começou para ser correto ) em agosto de 1928, pouco antes de sua morte. A edição de Hasllinger apareceu na Páscoa de 1829. Ainda que formando um ciclo em seu conjunto, dois pequenos " ciclos " se encondem no " Schwanegesang ", tais como Schubert já os havia formando ao juntar os Lieder de um dado poeta ou de uma mesma temática de bases em vista de uma publicação de opus; é provável que ele tenha procedido da mesma maneira no caso destas canções que agora chegam em uma gravação preciosa da Philips.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
28/04/1985

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