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Aramis

O novo projeto de Schiavon, o ex-RPM

Frente a tantos discos de supérfluo som internacional - rock, reggae, funk, rock, etc. - há que se dar um crédito aos brasileiros que tentam competir junto a esta faixa. Por exemplo, Luiz Schiavon, a melhor cuca do extinto RPM, após todas as tentativas da CBS em tentar fazer com que o grupo de maior sucesso há três anos, voltasse a conquistar o público, pegou o boné decidido a partir para outra praia. Há um ano o ex-tecladista do RPM idealizou o "Projeto", para o qual convidou o vocalista Tzaga Silos. A dupla escreveu suas composições experimentando diversos estilos (tecnofunk, soul, rock, blues) e, instrumentalmente, admitindo desde o chorinho ao estilo de Ernesto Nazaré e pianos com improvisos de oboé. Uma nova etiqueta, Esfinge, acreditou na proposta e está lançando o elepê "Projeto", que tem em "Areia Quente" a sua faixa de trabalho. Uma coisa é certa: dos quatro RPMs, Schiavon era o mais preparado e por isto tem chances de se destacar num trabalho solo. A mesma Esfinge lançou também um novo grupo de rock, o Alderan, formado há dois anos por cinco jovens na faixa dos 20 anos: Carlos Arini, Luiz Henrique, Ricardo Sdei, Edgard Jr. e Marcelo Ricardo. De 80 composições desenvolvidas, foram selecionadas 10 que fazem parte do elepê produzido com orientação de Luiz Schiavon. Entre as faixas, "Mágoas", "O Céu da Cidade", "Tarde Demais para Voar" e "Na La Brilha a Maldade". xxx Outra banda de roqueiros tupiniquins que faz seu primeiro elepê é o Mirage (Polygram). Músicas ingênuas - de autores como Paulo Debétio, Paulinho Rezende, Lincoln Olivetti, algumas versões ("Listen People" e "You're Really Got a Hold on Me") e buscando, pela sua própria juventude - adolescentes, quase menudos - uma empatia com a faixa mais jovem de público, que está deixando de ser fã da Xuxa, esta Mirage que conseguir algum vôo. Difícil, porém... A mesma dupla - Mayrton Bahia e Paulo Debétio, da Polygram, estão lançando um elepê (o quarto) do grupo baiano Cheiro de Amor ("Suingue"). O repertório é repleto de ritmos dançantes e ecléticos, marcados na fusão da lambada, fricote, deboche, xote, frevo, forró, com a latinidade da salsa, do merengue, e, naturalmente, pitadas de rock & reggae. Popular na Bahia, a banda faz sucesso no Carnaval (cada vez mais elétrico) de Salvador e tem ganho algumas premiações - inclusive revelando a vocalista Márcia Freire. O Cheiro de Amor mantém sua formação inicial: Zé Henrique (teclados), Marinho (baixo), Vicente Santana (guitarra), Lalo (bateria) e Zuza (percussão). Antes de se chamar "Cheiro de Amor", a banda - criada em 1987- era a "Pimenta de Cheiro", título do elepê de estréia (1988). Os maiores sucessos da banda foram "Cheiro de Corpo", "Auê" e "Festa Cigana". LEGENDA FOTO - Luiz Schiavon, ex-RPM, e o canto Tzaga Silos: "Projeto" de uma nova etapa por uma etiqueta nova - a Esfinge.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
4
03/03/1991

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