O PCB & o FMI
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de janeiro de 1986
A presença do Partido Comunista Brasileiro cresceu tanto no Paraná - desde o pichamento nas ruas até a influente participação em altos cargos diretivos no governo do Estado e, agora, principalmente, na Prefeitura de Curitiba, que pouca gente se assusta com a sigla da foice e do martelo. Ao contrário, aumenta é o interesse em conhecer melhor as idéias do PCB, cujo diretório regional está funcionando em confortável casa de alvenaria, na Rua Mariano Torres, com placas indicativas e um expediente normal - como tem direito sendo um partido político devidamente legalizado.
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Agora, anuncia-se - ainda sem data certa - a vinda do sociólogo pernambucano Michel Zaidan Filho, que acaba de publicar pela Global o seu ensaio "PCB (1922-1929) - Na busca das origens de um marxismo nacional" (143 páginas). O livro reúne um conjunto de ensaios e artigos sobre a história do Partido Comunista Brasileiro, e apresenta documentos inéditos sobre a atuação do PCB na década de 20.
Busca as origens de uma elaboração teórico-político nacional entre os comunistas do Brasil. Além de ensaios sobre as origens do PCB em Pernambuco, o PCB e o movimento comunista internacional (e os congressos da Internacional Comunista), além da reconstituição da história da unidade sindical e a participação de Astrogildo Pereira, Zaidan Filho reuniu três documentos tidos como "altamente relevantes para o estudo do PCB nos anos 20": "O proletariado perante a revolução democrático-pequeno-burguesa", de Otávio Brandão; "A questão sindical", de Joaquim Barbosa e "Revolução sobre a questão camponesa no Brasil", que apresenta, pela primeira vez, o programa agrário do PCB.
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