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Aramis

O som de Oldfield para o belo filme

Mike Oldfield, compositor inglês, 32 anos, se tornou conhecido quando William Friedkin utilizou alguns temas de seu "Tubular Bells" na trilha sonora de "O Exorcista" (The Exorcist, 1973). Coincidentemente, agora, 12 anos depois, é pela trilha sonora de outro filme - "Os Gritos do Silêncio" (The Killin Fields, 84, de Roland Jaffe) que Oldfield atinge um público ainda maior. Embora sua discografia seja grande - a RCA já lançou mais de seis de seus discos nos últimos anos - Oldfield não costuma fazer excursões, preferindo mais um trabalho de estúdio. Numa de suas poucas apresentações em Londres, foi acompanhado por 46 músicos numa versão orquestral de "Tubular Bells". A convite de Roland Jaffe, Mike criou para o emocionante "The Killing Fields" uma trilha sonora marcante - na qual a utilização de recursos eletrônicos e mesmo do Fairlinght Computer não retirou, em nenhum instante, o grande sentimento que marca este filme sobre a história de um jornalista e fotógrafo no Combodja. Com exceção de dois temas - "The Year Zero" (David Beford) e "Etude" (Francisco Tarrega) - além de "Imagine" (John Lennon), utilizando na emocionante final (mas excluído do lp com a sound-track, aqui editado pela RCA) todas as músicas são do próprio Oldfield. A audição cuidadosa deste disco, com a música desenvolvida basicamente nos teclados e guitarra por Olkfield - usando percussão especial em duas faixas ("Blood Sucking", com Preston Hyman e Morris Pert em "Etude"), é uma espécie de complementação do filme. A Orquestra da Ópera da Baviera e o coral Tolze Boys, regido por Eberhard Schoener, participaram também das gravações. Uma excelente trilha sonora, de interesses aos colecionadores. E mais um disco para os que vem curtindo a música personalíssima e inventiva de Mike Oldfield.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
16/06/1985
Já faz alguns anos que eu assisti esse filme. É um dos filmes mais comoventes que eu me lembre de ter assistido. A bela trilha sonora faz com que o filme fique ainda mais inspirador. Quem não assistiu ainda, assista, é uma história emocionante.

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