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Aramis

Observatorio

EM novembro do ano passado, a revista "Manchete" publicou reportagem focalizando aquele que 400 médicos de todo o mundo apontaram como "o maior anatomista da atualidade". E que é um brasileiro, Liberato Didio, diretor do Medical College of Ohio, da cidade de Toledo, onde reside desde 1967. Naturalmente Didio é também membro do Comitê Paraná-Ohio, do programa Companheiros das Américas, que liga paranaenses e ohianos desde 1964. E como "chairman" do subcomitê Toledo/ Londrina, Didio chega ao Brasil no dia 20, para conferencias nos dias 20 e 21 entremeadas de um festival de banquetes e coquetéis que o deverão deixar com alguns quilos a mais (para um dos almoços, no Clube Concórdia, as adesões poderão serem feitas pelo fone 266-26-33, ramal 197). Liberato Didio é consultor científico do curso de Pós-Graduação em Morfologia, da Universidade Federal do Paraná e estão programadas nada menos do que quatro conferencias do mesmo entre os dias 21/22. Falando no Comitê Paraná-Ohio, o próximo a visitar os Estados Unidos, dentro do programa será o jornalista Aroldo Murá Heigert, que, pela terceira vez estagiará junto a veículos de comunicação naquele País. Xxx A partir de amanhã, afinal uma opção a quem gosta de jantar após a meia noite e até agora esteve confinado ao esfumaçado Bar Palácio. Isaltino Adriano de Sousa, 51 anos, há três décadas um dos mais estimados garçons daquele restaurante, passa a gerenciar o Tortuga (Avenida Manoel Ribas, 702, fone 222-0883) para onde leva não só muitos fregueses, mas o know-how adquirido em milhares de madrugadas de trabalho. Na cozinha do Tortuga até hoje uma casa de massa, mas que agora passa a servir o "mineiro de botas" e, em breve, ampla linha de assados, estará Jair, primogênito de Isaltino. Despedindo-se do palácio, ontem a noite, Isaltino lembrava que no primeiro dia em que ali trabalhou, a 28 de janeiro de 1950, teve que comprar um paletó branco e uma gravata borboleta por Cr$ 12,00. No final da noite, só em gorjetas tinha recebido Cr$ 97,20. Agora, iniciando o seu próprio negócio, Isaltino espera como diria um comercial continuar a ter o prestigiamento de seus muitos amigos da noite. Xxx A repercussão da reportagem que a jornalista Malu Maranhão publicou na sexta-feira, em O ESTADO, sobre a primeira "sex shopp" da cidade, foi tamanha que o estoque da loja de erotismo da Rua Carlos Cavalcanti esgotou em poucas horas. No sábado, filas de homens e mulheres buscavam as "novidades" anunciadas para aquele endereço, até agora apenas vendidas através dos anúncios publicados em revistas como "Status" e "Peteca". O curioso é que embora apareça como proprietário um senhor de origem alemã, pouco dado a sorrisos, na verdade a "sex shopp" pertence a uma bela moça, profissional liberal das mais conhecidas e que possui um escritório no centro da cidade. Liberada e astuta, a moça decidiu investir na loja, passando a ter um lucro maior do que tinha como profissional liberal. Só que como é nome conhecido - e não tem coragem de assumir publicamente a posse da loja preferiu encontrar um sócio disposto a manter a fachada.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
9
19/11/1980

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