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Observatorio

RECONHECIDO por suas posições de independencia, o que olevou, por exemplo, a ser o primeiro (e um dos poucos) parlamentares a se pronunciar publicamente contra o Estatuto do Estrangeiro, o deputado federal Norton Macedo, presidente do PDS no Paraná, defendia, sábado, durante o tradicional almoço no "Guilhobel", uma tese bastante polêmica mas atual: a necessidade imediata do governo seja no ambito federal, estadual, ou municipal, manter em cargos de confiança apenas "as pessoas que lhe são absolutamente fiéis". Norton Macedo, que se colocou sempre como um liberal e disto tem dado inclusive provas (há 3 anos, foi um dos poucos parlamentares da extintaArena a se pronunciar contra a Censura) - não aceita que pessoas que ocupam cargos de confiança, com excelentes salários, se manifestem contra o governo. "Dou a qualquer um o direito de se colocar contra o governo, discordar de suas posições, mas não concordo em que se pretenda que o governo financie a oposição, feita em seus próprios caminhos", diz Norton que aponta exemplos do que afirma não só no nível federal, mas também no estadual e inclusive no municípal. "Em termos políticos, acho que se uma pessoa assume um cargo de confiança tem que aceitar as regras do jogo". O jornalista Samuel Guimarães da Costa, 60 anos, respeitado por sua experiência na vida pública, concordou em gênero, número e grau com as colocações de Norton. Xxx OS funcionários do Paiol que em dezembro próximo estará comemorando seu 9o aniversário -já se acostumaram com um característico morador do pequeno teatro: um curitibano morcego, de hábitos estranhos e que raramente deixa os cantos escuros em que se esconde sempre que o palco esta iluminado. Mas como todo vampiro que se preza, vez por outra, o nosso teatral morcego também gosta de fazer seus vôos noturnos. Na última quinta-feira, quando Lecy Brandão ali estreava "Essa Tal Criatura", o morcego deu duas voltas ao redor do palco, mas com tanta discrição, que só os funcionários da casa e sua administradora, a jornalista Tonica, perceberam a sua presença. Afinal, público que é bom não passava de 30 pessoas e a compositora de "Ombro Amigo" estava absorvida artisticamente. Como o show de Lecy tem muitas músicas em louvor aos "gays", já houve quem interpretasse a aparição do morcego como uma homenagem do próprio à solidariedade musical que Lecy dá às minorias sexuais. Ou seja, até a sexualidade do morcego do Paiol foi colocada em dúvida... Tempos modernos... xxx M AIS de 40 dos 50 convidados para participar do encontro nacional dos críticos de arte já confirmaram a Vicente Jair Mendes, diretor do Centro de Criatividade e do Museu Guido Viaro, a sua presença neste evento. Discussões objetivas em torno das artes plásticas no Brasil e na América Latina estão em pauta para a reunião, na primeira semana de setembro. Por sugestão de Mário Barata, um tema de especial atenção será levantado na reunião: a linguagem e a comunicação do crítico de arte. Ou seja, os próprios profissionais vão trocar idéias a respeito do significado e contribuição de seus textos para o grande público, já que, na busca de forma, conteúdo e erudição, muitos críticos que assinam colunas em revistas e jornais acabam fazendo verdadeiras cartas enigmáticas para seus leitores, pouco contribuindo em termos didáticos e de divulgação. Aproveitando a presença dos principais críticos das artes visuais no Brasil em Curitiba, serão realizadas mostras representativas de nossos artistas em oito diferentes espaços da cidade. Além da mostra "Paraná - Memória e Momento", inaugurada na última sexta-feira, no hall do Teatro Guaíra, ter sua apresentação em Brasilia adiada para que os críticos possam visitá-la. Afinal, esta panorâmica visão do Paraná, organizada com a maior competencia profissional por Domício e Leila Pedroso, vale por muitas horas de explicação sobre a contribuição de nosso Estado na vida artística nacional.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
13/08/1980

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