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Aramis

Ora, Viva! Primeiras sessões de 2 cinemas.

Se, de um lado, ante a escalada no fechamento dos cinemas, os pessimistas acreditam, que dentro de alguns anos não restarão mais casas de exibição no País, há notícias alvissareiras sobre a abertura de novos espaços para projeção de filmes. Santa Catarina ganha mais dois cinemas - que se somam ao recentemente inaugurado Cine Chaplin, de Joinville, aqui devidamente registrado. xxx Em Capinzal, o comerciante Saul Parisotto, que há cinco anos, aborrecido com os prejuízos, havia transformado o "Cine Glória" num depósito de móveis, acabou atendendo aos reclamos da população e inaugurou, ontem, o "Cine Odete", homenagem à sua esposa, falecida há alguns meses. Parisotto investiu mais de Cr$ 100 milhões no Cinema, que terá como primeira programação "Amor Sem Fim", de Franco Zeffirelli, com Brook Shields, fácil de agradar o grande público. xxx Já em Florianópolis, o crítico Gilberto Gerlach, que desenvolve excelente trabalho no Cine Clube Nossa Senhora do Desterro e junto à Fundação Catarinense de Cultura, abriu uma sala no Centro Integrado de Cultura Professor Henrique da Silva Fontes. Profundo conhecedor de cinema, como demonstra em artigos no jornal "O Estado", de Florianópolis, Gerlach organizou uma exposição de 64 cartazes do cinema francês e um festival polonês, para marcar a abertura de novo espaço cultural. A julgar pela programação que o Cine Clube N.S. do Desterro já vinha apresentando, é de se imaginar que os florianopolitanos terão excelente opção graças à programação da sala de cinema de sua Fundação Catarinense de Cultura. xxx Falando em cinema de arte, a mostra Humberto Mauro encerra-se neste fim-de-semana. Hoje, na Cinemateca do Museu Guido Viaro, "Argila", realizado em 1940, com Carmen Santos, Celso Guimarães, Floriano Faissal, Saint Clair Lopes - estes três nomes famosos por suas atuações nos anos de ouro na Rádio Nacional. Também interessantíssimo o elenco do filme de amanhã. "O Canto da Saudade", rodado em 1952 em Volta Grande: o acordeonista Mário Mascarenhas, o dramaturgo e radialista Silveira Sampaio e até Nicete Bruno, em início de carreira, bem jovens, atuam neste filme de grande lirismo e que a exemplo dos demais da mostra se constitui numa chance única de se conhecer a filmografia de Humberto Mauro, falecido em novembro do ano passado.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
20
11/08/1984

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