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Palito filma Lápis e mostra Querida Menina

Palito (Nivaldo Lopes) já tem rodados 40 minutos para o curta que está fazendo sobre o compositor Lápis (Palmilor Rodrigues Ferreira, 1943-1978). Até agora só viram o material, na moviola da Cinemateca, Valêncio Xavier, diretor do Museu da Imagem e do Som e Sebastião França, assessor especial da Secretaria da Cultura. A fase seguinte é a montagem e finalização - dentro do convênio firmado entre a Secretaria da Cultura e Embrafilme / Fundação do Cinema Brasileiro. Acredita Palito que, até março o filme, rodado em 35 mm, deve estar pronto. A tempo, portanto de ser inscrito para tentar o XVIII Festival de Cinema Brasileiro de Gramado. Assim como fez em "A Guerra do Pente" - média metragem, 16 mm, que realizou com inúmeras dificuldades há três anos, Palito apenas parte de um fato real para desenvolver o tema com liberdade. No caso de Lápis, embora haja uma parte documental - e para tanto foi preciosa a colaboração do departamento de telejornalismo da TV-Iguaçu, que lhe cedeu imagens mostrando o compositor no antigo (e saudoso) "Bebedouro", cantando "Onde Ela Mora" e "Vestido Branco" - suas músicas mais conhecidas - há também interpretações bastante livres. "O filme será antes de tudo sobre a noite e os músicos curitibanos, numa linguagem bem liberta", diz Palito. Evanira dos Santos, a grande intérprete das canções de Lápis, aparecerá numa seqüência especial, feita no Teatro Guaíra - reconstituindo o espetáculo "Funeral Para Um Rei Negro", que Oracy Gemba dirigiu logo após a morte de Lápis. Palito não pára! Enquanto empenha-se agora em "Lápis" (título provisório), começa a apresentar seu último curta em 16 mm, "Querida Menina" (hoje, 27, às 20h30, primeira exibição na Cinemateca). Rodado em 1986/87, misturando também realidade e ficção, o filme centra sua ação sobre a trajetória de Jacqueline Fontes, filha de um casal de exilados, que passou alguns anos de sua infância no Exterior - e que reflete as angústias e tensão de um desajustamento de quem ficou anos fora do Brasil. Jacqueline Fontes é uma bela morena, 22 anos, que pode até fazer carreira como modelo e atriz. Ao seu lado estão Willy Schulmann (também cineasta, da "Turma do Balão Mágico", agora desfeita), José Dibax e Lineu Portela. A trilha sonora original foi criada por Orlando Baummel e Beto Colaço. A produção só foi possível porque um amigo de Palito, Dirceu Britto, acreditou no projeto e nele investiu alguns recursos - colaborando a Embrafilme apenas para sua finalização. LEGENDA FOTO - Jacqueline Fontes: a "Querida Menina" do Palito.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
27/12/1988

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