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Aramis

Piotr, um senhor diplomata

Dentro do mundo diplomático, em sua constante rotatividade dos funcionários de carreira, o sr. Piotr Kirpluk, cônsul geral da República da Polônia, há apenas seis meses em Curitiba, é um caso à parte. Com 24 anos de atividades consulares, já tendo servido por alguns anos no Brasil - em São Paulo e Porto Alegre, até 1964, voltando posteriormente a Varsóvia e trabalhado na Holanda, Kirpluk fala um claro português e, sem dúvida, é o mais bem humorado diplomata polonês que já passou por Curitiba. Com uma área de jurisdição que abrange os 3 estados do Sul, onde se localiza a maior colônia polonesa na América do Sul, Piotr Kirpluk vem dinamizando as atividades culturais, promovendo, por exemplo uma nova mostra do cinema polonês, a partir do dia 2 de julho, na sala Arnaldo Fontana. *** Pioti e sua simpática esposa, Wanda, tiveram uma grande alegria: seus filhos, Nicolau e Izabel - que nasceram em São Paulo, quando o casal ali residia, embora não falassem português, em apenas um semestre conseguiram integrar-se ao ensino, no curso Positivo, com excelentes resultados. Nicolau, 15 anos, que pretende estudar física, foi o primeiro aluno da turma em várias disciplinas. *** Para quem acompanha a ciranda diplomática e se lembra de Piotr Glowacki, que aqui foi cônsul-geral até 1964, deixando centenas de amigos, uma boa notícia: embora tenha sofrido um enfarte, já está recuperado e é agora conselheiro na Embaixada da Polônia em Sofia. Já Kasemiro Woejewoda, que aqui serviu até 1971, está agora em Luanda, como primeiro secretário. E, de Curitiba, tem muitas saudades. Inclusive da cerveja, da qual sempre foi um apreciador. *** Da vivência de Piotr Kirpluk no Brasil, especialmente em Porto Alegre, ficou grande entusiasmo pelo chimarrão e a música gaúcha. Tanto é que quando voltou à Polônia levou 3 sacos da melhor erva, mantendo assim, por 13 anos, o hábito do chimarrão diário. Admirador das canções de Paixão Cortês, o cônsul conhece as letras de várias delas e é também um razoável acordeonista - embora não tenha podido ainda mostra seu virtuosismo instrumental, já que o seu acordeon ainda está em Varsóvia.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
24/06/1977

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