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Aramis

Pop para quem gosta

Para não dizer que não registramos os lançamentos pop-rock, eis aqui um panorama do a que saiu no mercado recentemente. Comecemos, por exemplo, com o grupo australiano MEN AT WORK já com dois discos no mercado, em edições da CBS. Formado por Colin hay (vocal/guitarra), John Rees (Baixo), Jerry Speiser (Bateria), Ron Stryker (Guitarra) e Greg Ham (sopros), este grupo conseguiu sair da distante Austrália e se projetar na Europa e Estados Unidos - chegando ao Brasil, com as músicas e . O Naked Eyes (, EMI/Odeon) já existe há três anos e meio e seus componentes são apenas dois: o cantor/compositor Pete Byrne e o tecladista Rob Fisher. Diz Byerne que é . Ezequiel Neves, a Maior autoridade em música pop no Brasil, diz que a coisa não é bem assim, já que Fisher usa e abusa da tecnologia dos teclados, pilotando instrumentos que atendem pelos nomes de Fairlight CMI, Synclaver 2, PPG, Wave2-2, OBX-a, Prophet5 etc. Ao lado de composições próprias, o duo neste seu lp apresenta, em roupagem nova, um clássico de Burt Bacharach e Hal David, que andava esquecido: . Talvez por isto, se acharam no direito de intitular de a última faixa do lado B. Usando o título de um famoso musical de Bacharach/David - e com uma música que consagrou Dionne Warwick nos anos 60. Os belgas também fazem pop e a prova está com o disco Heartbreak que chegou no Brasil no LP < Heartbreak Motel> (Carrere/RGE). Uma das caracteristicas deste grupo é um som que mescla a época do rock/roll dos anos 60 com pitadas do embalo desta década. O Líder do grupo, guitarrista John Vijd, é autor da maior das canções e o grupo é formado por Ron Van Wallendael (baixo/vocais, Patrick Deweert (bateria /percussão), Fred bekky (guitarra/vocal) e, naturalmente, John Vijd. Outro novo grupo de rock que aparece é o Saxon (, Carrere/RGE), com um som do chamado . O grupo já há seis anos (sua primeira apresentação oficial foi em 1977), mas agora é que passa a ser conhecido no Brasil, com músicas próprias. O saxon é formado por Biff Byford (vocal), Graham Oliver (guitarra solo), Paul Quinn (guitarra base), Steve Dwson (baixo) e Nigel Glocker (bateria/ percussão). E já que falamos em novos (e cá entre nós, bastante descartáveis) grupos novos, registre-se também mais um produto da : o Tracks, formado por dois italianos - Peter e Paulo Miciolie duas inglesas - Aax Donnell e Marian Savati. Com uma adaptação de uma antiga canção de de Dobbie Brothers (>Long Train Running>) para uma no lado A de seu disco (Young/RGE), o grupo conseguiu ser bem divulgado nas FMs. Além desta astuta jogada, o Tracks gravou também duas composições próprias - no mesmo estilo. Ex-integrante do grupo Destroyers - grupo que se destacou nestes anos, George Thorongoo é um artista incrível em suas apresentações ao vivo - dançando no palco, ziguezagueando que nem louco pela multidão enquanto toca, ferozmente a sua guitarra. Mas é também um cantor expressivo e um intérprete original, como mostra num lp que a Odeon colocou no Brasil há algum tempo. O ex-Scorpions Michael Schenker fez muito bem em criar seu próprio grupo. Em primeiro lugar, sua guitarra lembra monstros sagrados como Jeff Beck, Duanne Altman, Jimmy Page e Ritchie Blackmore. Em segundo lugar, como diz Ezequiel Neves, < ele não é tão boçal como os radicais do , uma das faixas mais interessantes de seus elepês lançados pela RCA. A Ariola também dispõe de um bom manancial de grupos pop. Um dos seus grupos mais fortes é o octeto One Way, formado por 10 músicos e vocalistas, afinados e inventivos, que liderados por Al Hudson, também autor da maioria das faixas, mostra muito ritmo em . Entre as faixas mais interessantes, , e .
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
1
30/10/1983

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