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Aramis

A Prefeitura & seus candidatos

Na especulação sobre a sucessão do Paraná, em muitas rodas comentava-se neste fim de semana, que o lançamento do nome do vereador Jefferson Wanderley, como o "predileto" de Saul Raiz como seu sucessor na Prefeitura - caso se confirme a sua indicação ao governo do Estado, teria sido apenas uma estratégia para "queimá-lo", enquanto os nomes com maiores condições técnicas e políticas são preservados. E na relação dos "prefeituráveis", dois que continuam na cabeça da raia continuam sendo os arquitetos Lubomir Ficinski e Rafael Dely, presidente e ex do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba, respectivamente. Ficinski, 48 anos, várias premiações nacionais, professor do curso de arquitetura da UFP, preside o IPPUC pela segunda vez. Na administração Jaime Lerner dirigiu o IPPUC por quase 3 anos, sendo depois substituído por Rafael Dely. Nomeado Saul Raiz para a Prefeitura, Ficinski aceitou novamente afastar-se de seu lucrativo escritório de arquitetura para voltar ao IPPUC, função que financeiramente não se igualam a atividade privada mas, em compensação, é uma espécie de estágio para a Prefeitura - se contar apenas o aspecto técnico. Mais jovem do que Ficinski, Rafael Dely integrou durante muitos anos a equipe de Jaime Lerner, que, no final de sua administração, não escondia seu desejo de indicá-lo como seu sucessor. Modesto, distante das rodas badalativas do poder, Dely é, em muitas áreas considerado como o nome ideal para a Prefeitura - capaz de fazer uma administração com a mesma dimensão de Jaime Lerner. Mas a sua escolha depende do oferecimento de uma função altamente atraente a Lubomir Ficinski - como a Secretaria do Planejamento, por exemplo! A lembrança de Jefferson Weigert Wanderley, vereador eleito nas últimas (eleições( graças a máquina oficial, tem também alguns suportes técnicos: Wanderley foi o primeiro presidente da Companhia de Habitação de Curitiba, na administração Ivo Arzua e principal responsável pela construção da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, que pode não ter resolvido o problema dos favelados curitibanos, mas, na época, rendeu muitos pontos. Inclusive para a projeção de Arzua, que saiu da Prefeitura para ocupar o Ministério da Agricultura. Até janeiro do próximo ano - quando os nomes dos sucessores deverão estar escolhidos, as especulações continuarão, inclusive com um certo estímulo oficial. Pois quanto mais segredo se faz em torno dos rumos da política, mais cresce a imaginação e os possíveis nomes aos cargos. Todos negam serem candidatos mas, no fundo, também sonham com o poder e o prestígio que ganharão em funções de destaques.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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02/08/1977

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