Reconheça quem foi quem, vendo " Jango"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de maio de 1984
Um interessante " jogo de reconhecimento" pode ser feito entre os espectadores de " Jango" ( Cine Lido I, 2º semana ): ver quem consegue identificar o maior número de politicos que aparecem neste documentário esplêndido sobre a vida politica brasileira a partir dos anos 50. Por exemplo, tanto o ministro Amaury Silva, do Trabalho, como o governador Ney Braga na época dos acontecimentos aparecem duas vezes, mas tão rapidamente que poucos percebem. Em compensação, um dos politicos mais demoradamente presentes o que prova sua longevidade em nossa vida pública é o mineiro Tancredo Neves. Basta dizer que há cenas em que aparece até cabeludo diverso do alquebrado e idoso seonhor que hoje governa Minas Gerais e pode ser o candidato de consenso á sucessão de João Figueiredo.
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Silvio Tendler, diretor do filme, veio rapidamente a Curitiba, no inicio da semana,tentar motivar o público já que nossa Capital está sendo a única cidade do Brasil na qual as rendas de "Jango" foram decepcionantes: apenas Cr$ 1.500.000,00 na primeira semana, o que levaria a CIC a substituir ao filme já no último sábado, pelo superpornô nacional " A.B. Profunda". Só que a a carreira de "Jango" a não ser que a bilheteria cresça hoje e amanhã encerra-se no sábado, dia 26, quando " A.B. Profunda " estréia no Lido II, outra pronofita paulista: "Sexo Animal ", de Fauzi Mansur.
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Outro filme sobre a revolução só que esta a francesa ganhou mais uma semana de exibição: " Casanova e a Revolução", de Ettore Scolla permanecerá até o dia 30 em exibição no Cine Itália. Um filme histórico, com censura de 14 anos, trazendo personagens reais e um excelente elenco, é a melhor opção cultural nesta cidade onde as pornofitas permanecem meses em exibição e os filmes de qualidade raras vezes passam de 7 dias. Quando muito...
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