Redescoberta do rádio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de setembro de 1978
o mercado publicitário do Paraná, em termos de rádio, não é tão ruim quanto pintam alguns empresários do setor. Pois se assim fosse, não haveria tanto interesse dos maiores grupos de comunicação em disputar a concessão do último canal de [freqüência] modulada que o Ministério das Comunicações autorizará, ainda este ano, para Curitiba. Até agora dez grandes grupos já apresentaram na delegacia do Dentel documentação, habilitando-se à concessão - a ser definida nos próximos meses.
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Foi a Rádio Santa Felicidade, interessada em conseguir também uma [freqüência] modulada, que provocou a abertura da concorrência publica deste último canal. Embora o monsenhor Vicente Mickos, diretor da rádio religiosa, fosse alertado de que não era o momento mais conveniente para tal providência, insistiu e com isto a concorrência foi aberta. E, assim disputam a nova FM, os grupos do "Jornal do Brasil", "Globo" e "Manchete", do Rio; TV Gaúcha/Zero Hora, de Porto Alegre, Antena 1 de São Paulo, além da Rádio Cidade (8ex-Curitibana), "Gazeta do Povo" e, obviamente, a própria Rádio Santa Felicidade, entre outros interessados.
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Atualmente, a única emissora a operar exclusivamente em [freqüência] modulada em Curitiba, é a Transamérica, uma simples repetidora já que toda sua programação vem gravada de São Paulo. A Rádio Caiobá, do mesmo grupo da Ouro Verde, está sendo instalada em sede própria, no alto da Rua 15, e terá uma programação própria e criativa, desenvolvida por João Lydio Seiller Bettega, um dos profissionais mais respeitados do setor. As rádios Continental ([Tingüi]) e Universo, já com FM, transmitem a mesma programação AM, e os grupos das rádios PRB-2 e Positivo (Rádio Independência), que também obtiveram canais em FM, estão tratando da instalação de seus transmissores nesta [freqüência].
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A propósito de rádio, hoje, em homenagem à data nacional, duas emissoras de Curitiba apresentarão programação exclusivamente de música brasileira: a Ouro Verde e a B-2. A Ouro Verde, aliás, já apresenta uma programação de média de 70% de música popular brasileira, selecionada criteriosamente e, em datas especiais (21 de abril, Finados, Natal, etc.) tem apresentado programações selecionadas, ligados a determinados temas, num trabalho de sua excelente equipe de produção, com coordenação do professor Schwaab, um dos mais profundos pesquisadores de MPB no Paraná.
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