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Aramis

Revisitando os clássicos das estórias para jovens

Revisitar os clássicos. Esta parece ser a palavra de ordem em duas editoras novas - a Scipione e a Hemus - que estão relançando, em novas traduções e adaptações, aqueles livros que se tornaram antológicos. Sejam obras destinadas ao público infanto-adolescente, sejam livros de aventuras que fascinaram (e continuam a encantar) os adultos, tratam-se de reedições das mais oportunas. REENCONTRO - Consciente de que os clássicos da literatura universal são eternos, pois apresentam heróis e personagens que expressam a constante luta do homem por decifrar os mistérios da vida, a Editora Scipione criou a série Reencontro, compreendendo a publicação de clássicos imortais da literatura universal, sempre adaptados por alguns dos melhores autores brasileiros. Para começar, foram escolhidos quatro livros marcantes e sugestivos: " Dom Quixote", a imortal criação de Miguel de Cervantes, numa adaptação do escritor José Angeli; o terno "Cândido", de Voltaire, na envolvente versão de José Arrabal; "Moby Dyck", a obra maior de Herman Melville, adaptada por Werner Zotz e, finalmente, com adaptação da jornalista e escritora Ana Maria Machado, o lançamento de "Peer Gynt", do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen. Concretizando a primeira edição em língua portuguesa dessa obra célebre. Na mesma série, duas outras obras clássicas: "Robison Crusoé" de Daniel Defoe, em adaptação de Werner Zotz, publicitário e escritor que residiu por muitos anos em Curitiba e "Robin Hood", clássico de Sir Walter Scott, adaptado por Joel Rufino dos Santos. ORIGINAIS - Se as edições da Scipione buscam adaptações para que o público mais jovem conheça romances famosos, a Hemus, em sua coleção Fantasia & Aventura, preferiu fazer edições completas, de textos também notáveis. Começou com a tradução que Edith Negraes fez de "Pinócchio", publicado pela primeira vez por Carlos Collodi (Carlo Lorenzini, 1826-1890) em 1885. Escritor florentino, Collodi ficou na história da literatura por seu herói pouco exemplar, "Pinócchio", que se incluiu na galeria dos personagens eternos. Na mesma coleção, temos "Peter Pan", em tradução de Maria Antonieta Van Acker, cuja primeira edição data de 1911. O autor de "Peter Pan", Jame Matthew Barrie (1860-1937) nasceu em uma pequena cidade nas terras baixas da Escócia, filho de um tecelão. Foi jornalista e escritor, tendo começado a escrever para o teatro em 1892. Seus diálogos irônicos e a agudeza com que captou a seriedade da infância valeram-lhe imediato sucesso com Peter Pan, encenado pela primeira vez em Londres em 1904. Transportou em 1911 as aventuras de Peter Pan para um livro, fazendo do menino que não quis crescer um clássico para leitores de todas as idades. Tanto "Pinócchio" como "Peter Pan"tiveram até hoje centenas de adaptações para o teatro, cinema, quadrinhos, álbuns etc. Entretanto, agora a Hemus apresenta os textos originais, completos e não-adaptados. Ou seja: tais como foram escritos por Collodi e Barrie. As edições são, entretanto, enriquecidas com ilustrações. "Peter Pan" com desenhos de Trina Schart Hyman e "Pinóquio" pelo próprio Carlo Collodi.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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37
08/12/1985

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