Schipa & Gigli
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de agosto de 1975
Depois de a Phonogram ter editado algumas óperas integrais e a RCA Victor, através de seu prestigiado Red Seal, ter se estimulado a colocar ao alcance do público consumidor da música lírica, óperas mais fascinantes, nas vozes dos grandes mestres, a Continental também resolveu entrar neste setor. Representando no Brasil a prestigiosa Ri-Fi-Ricord Company, a Continental inicia a série Penny/Archivi Della Lírica, com a coleção "I Grandi Tenori, com elepes dedicados a Benianino Gigli (1890-1951) e Tito Schipa (1888-1965).
São dois discos que farão a felicidade dos cultores da música lírica, que de uma maneira geral, no Brasil, tem que recorrer as (caras) gravações importadas, tal a raridade com que as gravadoras nacionais (ou suas subsidiárias) arriscam-se a editar tal gênero.
Por isso não deixar de ser digno de todo apoio a iniciativa da Continental em iniciar uma nova coleção, justamente com solos de dois dos mais famosos tenores italianos em todos os tempos - por si próprios sinônimos do Bel-Canto. Infelizmente o lançamento é feito sem qualquer informação adicional com os textos de contracapa apresentando apenas os nomes das arias escolhidas, quando poderiam trazer maiores informações dos intérpretes e dos autores. É verdade que os lançamentos destinam-se especialmente a colecionadores, estudiosos da Ópera, que, se presume, dispõe, de material de referência. Mas, de qualquer forma, não custava dar algumas informações aos não iniciados.
Schippa interpreta em seu elepe trechos de "O Barbeiro de Sevilla", de Rossini; "Don Pasquale", "La Favorita" e "Lucia Di Lammermoor" de G.E. Donizetti; "Werther" e "Manon" de Massenet; "Rigoletto" de Verdi; "La Gioconda" de Ponchielli; "Fausto de Gounod e Lakme" de Delibes. Já com Gigli, temos trechos de "Tosca" de Puccini. "Iris de Mascagni; "Mifistofeles de Boito"; "La Favorita" de Donizetti; "La Gioconda de Ponchielli; "Marta" de Flotow; "L'Africana" de Meyerbeer; "Loreley"; de Catalini; "Faust" de Gounod e "Fedora" de Giordano.
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