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Aramis

A Som Bateau

Seria interessantíssimo, em termos de pesquisa de música popular - e principalmente de uma espécie de sociologia do profissional da música - um estudo sobre as anônimas orquestras que as diversas gravadoras formam para lançar sucessos do momento. São dezenas os exemplos de nomes fictícios, que os departamentos comerciais das fábricas "inventam" para, reunindo aqueles sucessos trimestrais, garantirem, bom faturamento. Ainda na semana passada, o guitarrista Horácio Malvicino, do novo grupo de Astor Piazzolla - que apresentou no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o melhor espetáculo musical (até agora) este 1975, surpreendia ao diretor artístico da Fundação Teatro Guaira, revelando que era ele o famoso "Alan Debray", que aparece em tantos discos com "hits" do momento. Maurice Monthier, Bob Fleming e tantos outros foram maestros que jamais existiram, sendo apenas pseudônimos criados para dar uma certa personalidade a formação orquestral de estúdio, com bons músicos, não resta dúvida, mas que pertencem a diferentes grupos e orquestras. A Phonogram, por exemplo, tem vários conjuntos nesta fase e uma delas é a Orquestra Som Bateau, nome dado anos atrás, quando a boite dos frances Caste já, era o "quente" na noite carioca. O título funcionou e assim a Som Bateau continua a funcionar. Agora, sai um novo disco da Som Bateau ("Ataca de Nostalgia", Polyfar, 2494551, setembro/75), produção de Guti, coordenação de Jairo Pires e arranjos de José Roberto Bertram, maestro a quem devem, provavelmente, serem creditados os elogios e críticas deste elepê comercial, reunindo mais de 20 hits que fizeram sucesso nos anos 30/50. E que, pode ser ouvido com prazer, pelo público com mais de 30 anos: "Nel Blu Di Pinto Di Blu", "Tea For Two", "Over The Rainbow"[,] "Al Di Lá", "Matilda", "A String Of Pearls", "Datemi Un Martello", "Moonlight Serenade", "Tenderly", "Singin`In The Rain", "Night And Day", "Besame Mucho", "Beguin The Bugine", ["]Diana", "Siboney", "El Dia Que Me Queiras" e outros. Enfim, na nostalgia tudo vale...
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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22
10/10/1975
Passei por aqui e resolvi deixar um recadinho. O LP é realmente maravilhoso de se ouvir, é carinho para os ouvidos. Eu tenho o Nostalgia de 1975, acredito que foi o primeiro a ser gravado, da Orquestra Som Bateau, e é uma delícia ouvi-lo ainda nos tempos de hoje. Grande abraço, Nívea Silvana
Eu adoro este conjunto,tenho dois vinil's deles,mas gostaria de saber se existe alguma mixagem em cd. Obrigada

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